Efuturo - Página para compartilhar seu talento literário na Web. Compartilhe seu texto, poesia, sentimentos. 15826 - NO MEIO DE UM DOMINGO DE SOL - PAULO FONTENELLE DE ARAUJO

Solicitamos sua ajuda para continuar com nosso Espaço GRATUITO. Eu Cláudio Joaquim desenvolvedor do projeto conto com a ajuda de Todos. Ajude-nos com um PIX do valor que você pode para o CPF: 02249799733.

Sala de Leitura
Busca Geral:
Nome/login (Autor)
Título
Texto TituloTexto



Total de visualização: 545
Textos & Poesias
Imprimir

Total Votos: 0
 
 

NO MEIO DE UM DOMINGO DE SOL

É domingo. O sol brilha.
O velho chega a feira do bairro.
É domingo
e ele passa ao lado
do grande pátio.
É o piso da antiga fábrica.
Está trancada,
vazia.
Antes havia operários
O velho lembra de capacetes brilhantes.
Antes acabou
e o velho lembra porque está ali
e isto acalma.
Hoje é domingo de feira.
O sol brilha na cidade de Guarulhos.
Tudo é acessível,
O velho pensa em seu dia
e caminha.
Chega a feira no fim da rua.
A feira acontece
porque ele envelheceu
para examinar barracas:
as tangerinas à direita;
mais à frente, há peixes,
(o gelo faísca)
e também os ovos vermelhos às dez da manhã,
quando então o velho refaz seus setenta anos.
Encontra outros idosos
no ambiente ensolarado,
de cabeças calvas que surgirão,
como aquele pátio vazio
como os antigos capacetes.
(Talvez as cabeças lisas
trabalhassem na fábrica fechada.
Não importa estão vivas).
O velho compra muitas frutas e sal.
Come um pastel dourado,
do ouro que vem das cebolas.
Ele sai da feira
e sente um equilíbrio apenas em andar.
Entra no botequim,
pede uma cerveja gelada e longe vislumbra:
os aviões saídos de Cumbica
são os losangos dos azulejos na parede do bar
e assim tudo pousa em sua vida.
Tudo neste domingo de sol,
tão decididos estamos agora.
O velho retorna para casa
É meio-dia.
Passa outra vez ao lado
da remota manufatura
e admira novamente a entrada.
O grande pátio parece um rio.
O piso resplandece,
que assim permaneça, amém.

Todos os domingos alguém nasce
sob o arco coruscante da maturidade.
Alguém começa a rir.

DO LIVRO:A CIDADE POSSÍVEL

 
   
Comente o texto do autor. Para isso, faça seu login. Mais textos de PAULO FONTENELLE DE ARAUJO:
20 DE JANEIRO DE 1983 Autor(a):
A BELEZA, QUARTA DIMENSÃO Autor(a):
A CARNE QUENTE Autor(a):
A CEGONHA Autor(a):
A CIDADE POSSÍVEL Autor(a):
A DESCONSTRUÇÃO Autor(a):
A FORÇA DO CIÚME Autor(a):
A FORMIGA ALHEIA Autor(a):
A INVENÇÃO DO FUTEBOL Autor(a):
A MÁQUINA DO TEMPO Autor(a):
A MISTURA AMOROSA Autor(a):
A MULHER DO LOUCO Autor(a):
A MÚMIA Autor(a):
A PISADA DO GIGANTE Autor(a):
A PRIMAVERA DAS FADAS Autor(a):
A SONDA AMERICANA VOYAGER I Autor(a):
A TEVÊ LIGADA Autor(a):
ABISMOS Autor(a):
AGUMAS MOTIVAÇÕES Autor(a):
ALGUMAS PRINCESAS Autor(a):
ALMA SURDA Autor(a):
ALMA SURDA Autor(a):
ALMAS SURDAS Autor(a):
AMO A VIDA COMO WALT WHITMAN Autor(a):
AMOR ATO VINTE Autor(a):
AMOR AOS DOZE ANOS Autor(a):
AMOR ATO CINCO Autor(a):
AMOR ATO DEZ Autor(a):
AMOR ATO DEZENOVE Autor(a):
AMOR ATO DEZESSEIS Autor(a):

CONVITE ESPECIAL. Conheça o nosso novo projeto. Participe em nossa Sala de Leitura e Escrita. Com muito mais recursos.
Grátis.
https://epedagogia.com.br/salaleitura.php


Banner aniversariantes

Aniversário Hoje

Aniversariante de Hoje 1