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QUESTÕESEstamos vivendo um momento, simbolicamente, difícil, marcado pelo Covic-19. Gastamos tanto tempo nos cuidando e ouvindo sobre a pandemia, que nos esquecemos de refletir sobre as questões do viver.
Os percalços são nossos conhecidos, pois estamos suportando a força bruta quando se referem às mortes, como se as pessoas fossem cartas descartáveis. Quem tem coragem de desmascara à ostentação do mal?
A tristeza é a nossa atual paisagem, está rodeada por desgraças e tragédias com proporções abomináveis. Quem tem coragem de acreditar nesta humanidade desvairada?
Outros se preocupam apenas com o financeiro, com o comércio fechado sem dar valor aos gritos dos cadáveres armazenados. Quem tem coragem de produzir a nossa própria desgraça?
Na melhor das hipóteses sempre seremos os perdedores, pois somos manipulados por enganadores que não dão espaço para as vozes dos profissionais da saúde. Quem tem coragem de dizer, a quem interessa, de que não somos uma máquina de matar?
A cada notícia, a cada minuto, o Covic-19 mata pessoas. Os competitivos transformam o tempo de vida em abstrato, em dinheiro enquanto os parentes dos mortos saboreiam a solidão e a dor. Quem tem coragem de levar ao tribunal tais controvérsias?
Por que temos que nos submeter a este paradoxo e a estas insanas e insaciáveis mentes?
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