Vivo pelo encantamento e diversidade expressada pelas pessoas que fazem mágicas para mostrar seus interiores; demonstram seus eu na busca de incentivos que harmonizem suas vidas. Lindolf Bell reflete, “A vida me delega tarefas / e me dá medos / E desconfiança / destes merecimentos”.
Questiono quantas seriam as horas agradáveis que nos fazem relaxar? Relaxar é essencial para nos manter ritmados com a labuta, sem contar que nos ajuda a lidar com o momento presente da correria diária.
Gosto de pensar na sensação do bem estar que, no fundo, é viver o momento especial e perfeito. Mas, é preciso recriar a vida com interesse no que melhor foi feito no passado. Experimentar coisas e situações diferentes; dar valor ao que realmente importa. Nas palavras de Lindof Bell, “... de saber / apenas sei / de quantas palavras / se faz a canoa de afetos. / Embora caminhe torto / por sonhos retos...”
Quem um dia ao acordar não planejou mudar de vida? Essa pausa para a reflexão nos leva a reconhecer a ação da reação, como: por que não criticar ou discutir com quem está certo, mas com menos cobrança? Tendemos a julgar o outro, quando não aceitamos tal comportamento. Seria o que não aceitamos em nós mesmos? Zeca Baleiro declarou, “ninguém é isento à crítica... Mas tem gente que se coloca em lugar de juiz da música brasileira”.
Na vida todos têm uma história para contar, porque sentem a necessidade de harmonizar o viver e de compartilhar sentimentos com as pessoas. O detalhe é que pensamos e agimos dentro da nossa verdade, por ser da nossa natureza os relacionamentos, para não ficarmos presos ao passado que não podemos modificar. Mas, ao conhecê-lo podemos mudar e melhorar o futuro e, assim, nos abrir em nova mentalidade, capaz de aceitar o diferente, para depois, com certeza, harmonizar o viver. Como em Lindolf Bell, “... Pois menos que o meu sonho não posso ser”.
Harmonizar o viver é reforçar o ponto de vista; mesmo julgando as ideias ultrapassadas, podemos aceitar a opinião alheia sem mexer com a nossa integridade. Recorro ao amor e à paciência para alcançar as transformações interiores e suportar conviver com o caos externo – preocupação constante – e, ainda assim, chegar a um significativo relaxar para vencer os medos, as angústias e perseguir os desejos. Segundo Bell, “Se não for sonho / não vale a pena viver / Pois de sonho em sonho / aprende-se a ser...”
Tenho consciência das minhas ações e isto me torna única e me faz especial aos olhos da vida, pois, é meu caminho para a mudança. Nem sempre é fácil, mas podemos em cada sorriso encontrar a harmonia do viver.