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NAVEGAÇÃOVou romper outra noite, sem certeza
do porto que verei pela manhã ...
Nessas noites que vivo não há estrelas,
nem os faróis longínquos que esqueci.
Não saber o destino, o fim da viagem,
a terra inexplorada que verei,
é o gosto do caminho conquistado,
dos medos derrotados, das batalhas ...
O tempo, feito enigma, nunca mostra
a sua verdadeira face, e brinca
nos olhos do viajante que se lança.
Das ondas, aprendi o ritmo, o segredo
de como navegar sem instrumentos,
ao sabor das correntes e dos ventos ...
(Direitos reservados ao autor. Parte da coletânea "Alguns sonetos que fiz por aí ...", disponível em e-book. Download gratuito em http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/2570211)
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