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NA PLENITUDE DO TEU CORPO NA PLENITUDE DO TEU CORPO
Para meus sentimentos
basta que teu coração esteja livre,
gostos de mimos,
com uma suave maciez de voz,
absorção de almas,
que juntas silenciam...
Faria do vento areia e corrente,
envolvendo todo corpo carecente,
nos sussurros sem afagos,
que vem extinguir os sonhos,
não ficando mais desejos ardentes...
Atearia fogo em toda erva danosa
peçonhas e feridas,
abluindo em água límpida,
a alma terna, pródiga e divina.
Me segue a sobrepujar os montes,
sentir o húmus da terra;
mesmo vacilante e sofrendo recatos,
ver o amanhecer no teu sorriso,
num gracioso poema de amor!
Aspiro o ar da plenitude do teu corpo,
boca, seios e curvas;
inalando o néctar de finos sabores.
O meu olhar sensitivo aos encantos,
procurarão ansiosos os jardins
que orlam teus contornos,
ousando tocar-te com ternura,
pois o amor tem frescor de relvas viçosas
e da doçura do mel do fruto da figueira.
Irrequieta sina de tênue loucura,
é acariciar-te por uma noite inteira,
e não poder te amar de outra maneira!
Francisco de Assis Silva
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