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DESEJO DE AMOR Vou persegui-la sedento
feito cão no cheiro do cio, perder-me nos teus seios,
afogar-me na saliva da tua boca,
entre mil beijos acariciar com volúpia e desejo,
teu corpo manhoso,
perder a consciência no perfume
exalado deste vale em flor,
saciar-me nesta relva, explorar o escuro desta selva,
errante sem lume, sem escrúpulos, sem pudor,
enrolar-me nas tuas pernas como serpente do pecado,
no delírio do amor, depois ...
debruçar-me no teu peito, repouso sereno,
gostoso abandono, e no compasso
do teu corpo faceiro, desfaço-me por inteiro;
Morta a sede da louca paixão,
batalha sem vencido ou vencedor,
vejo-me ainda consumido,
nesta chama ardente deste infinito
desejo de amor!
direitos autorais reservados e registrados
Fundação Biblioteca Nacional
Rio de Janeiro/Brasil)
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