Essa vida se autodestruirá em cinco segundos!
Isso era dito pelos agentes secretos, quando recebiam mensagens secretas.
Estou apenas trocando os nomes: mensagem por vida.
Mas não estou falando de vida gente; é vida sol. É o sol descambando no horizonte, e isso faz todas as tardes. Suicídio explícito da ave-sol que se arvora fênix. Morre depois de avoar o dia inteirinho no largo do céu.
Sabe sim, que irá renascer e de novo morrer e outra vez fenecer..., e nascer incontáveis vezes e morrer incontáveis vezes.
Será que o sol não consegue realizar seu intento?, e morre e nasce e morre e nasce..., em eterna agonia?!
Tem coisa mais maçante que isso?
Nem mesmo a lua, que tem parecença. Porém, em nada se compara ao sol. Várias vezes troca de vestes e assume ares de senhora, mas só quando é cheia. Outras vezes é um fiapo de luz no céu, que de pretura tanta até esconde a pobrezinha. Isso quando não tem nuvens pirraceiras, que deixam o céu de pretume maior e não deixa a coitada mostrar-se. Nem mesmo um fiapinho que seja!
Entretanto, se recupera dessa condição. Engorda noite após noite e se faz nova!
É paradoxo, esse correr céu desarvorado que é insano e aparenta falta de nexo ou do que seja lógica. Isso em se tratando do sol; porém a lua não faz por menos e é paradoxal tanto.
Estão se perseguindo mutuamente, e nunca que vão se encontrar tête-à-tête.
Hão de varar mais muitos milênios e bilênios e trilênios e quadrilênios..., mais dos muitos que já persiste essa perseguição implacável e sem propósito.
Nesse jogo de picula entre a lua e o sol, talvez tenha fundamento: a lua aluga a luz que emana do sol; o sol fica de picuinha, no fugir da lua e se esconder no dia!
Isso parece ser o mais acertado!