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E os Sertões, persistem Sertões

Existe uma força interior, no âmago desse existencial sertanejo, que não tem parecida, em nada, seja em lugar que for, que vai além do própria anseio. Mas nem mesmo essas criaturas, resistentes e resilientes do jeito que são os sertanejo, sabem que tem tal tenacidade.
São renitentes de muito, esses que aqui são viventes!
São embirrativos no viver com esse secado tanto, que por vezes assola essas brenhas!
Até parece castigação, quando a seca se sobrepõe às chuvas. É martirioso de muito. Porém, o desânimo e o desatino não afligem esses quengos sertanejados ao ponto do esmorecimento.
Indesde quando no se cunhar na barriga materna já começam a padecer. Entretanto, de certo, esse padecer lhes dão seiva e os ensina a viver por sobre esse chão soalheiro.
Essa força que impele esse viver Sertão, é o que os fazem vencer a todo e qualquer custo: subjugam os impedimentos todos e os transtornos todos e os encalhes todos e as vicissitudes todas e os contratempos todos..., e danam-se em um existir arrastado, mas de ledice contraponteando a peleja.
É uma força para a qual não há oposição; força que dobra toda e qualquer intempérie; força divina; força sobre-humana!
E nesse vai da valsa, apesar e além de tudo, os Sertões vão tocando seu existir à larga; no semelhado ao tocar dos bois pelos vaqueiros; no escutar de dolentes aboio e de queixumes muitos.
As fêmeas parindo e os Sertões sendo atulhados de gente e de bichos!
Uma lida Sertão, na qual os vaqueiros se estabacam na pelejação com os bois de caatinga; os que trabalham em roças cavoucam esses chãos enrijecidos pelo secado do sol inclemente, no querer fazer nascer lavouras de subsistência: milho, feijão, batata, macaxeira, mandioca... Isso sem contar com a azaração, o cortejo ou os flertes do coisa-ruim! Por vezes essa disgrama consegue seu intendo e agoniza o quengo dessa pobre gente.
No cantar dos galos, nem bem nasce o cabrunco do sol, dão de se alevantarem. Por vezes esses galos é que são acordados.
O labutar é ferrenho, por todo santo dia, seja lá quais sejam as obrigações e os afazeres.
As predições são muitas e validadas, no mais das vezes, nos reumatismos ou nos calos de alguém..., ou nas muitas leituras preditivas de alguns bafejados por competências adivinhatórias; quase sempre voltadas para prognósticos de chuvas e de secas, uma vez que isso é o mais martirioso desses Sertões.
Essas leituras preditorias se faz no apreceio das coisas do natural: no examinar das estrelas ou da lua; na cor do sol quando nasce ou se põe; nas nuvens ganhando viço; no proceder e no cantar dos passarinhos; no tangido dos ventos..., por vezes esses prenúncios estão nos sonhos, também.
João Timbó é um desses que faz esses advinhatórios: no mais das vezes nos próprios reumatismos. É rezador e benzedor e aconselhador, e é muito do bom. Muito é chamado para rezar currais, pastarias, plantações ou para benzer recém nascidos, vacas com bezerro incriziado na parição..., até mesmo bicheiras em animais de todo tipo e tamanho...,
..., e assim, vêve du jeitinho qui Deus qué..., tal como os todos muitos dessas plagas sertanejas!
E nessa talhada de Sertão, no transcorrer das sombras-relógio que aferrolham o passar do tempo, pulsa um viver mesurado. Lerdoso de muito e cadenciado na parceiragem entre homens e bichos e pedras e pés de pau... Isso em negamento de desacordo. Tudo se resolve de um jeito ou de outro.
As desavenças que porventura se sucedem, são resolvíveis na ponta da peixeira ou no chumbo das balas!
Entretanto, de todo certo, plaina consonância no entre tudo tal como gavião-peneira no céu.
Querendo ou não, inobediente à ganância ou à hostilidade ou à sanha cobiçosa de qualquer malquerente que por ventura se arvora a ser deus..., os Sertões persistirão Sertões!!

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