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DepoisDepois!?
Depois tudo é desigual.
O café esfria,
a cerveja esquenta,
a conversa arrefece...
Muda-se de roupa,
obviamente muda-se de opinião;
a priorodade não é mais a mesma;
o encanto se desencanteia;
o cedo fica tarde
e a poesia vira intriga.
Depois! ...
Tanta coisa muda...,
os momentos se remodelam...,
as futricas se refundem
e a vida segue seus rumos,
seus ritmos,
seus ritos retranscritos,
remontados, remoldados,
refeito em novas medidas...,
outra parametragem.
E o que fica para trás!?
Perde-se...,
desaparece-se, assim...,
sem nem deixar sinal de fumaça
ou vestígio outro qualquer...,
que seja marca, cicatriz,
recalque que algo signifique,
mesmo não palpável.
Algo que se desfaz na pseudo solidez.
E eu, como um pseudélitro,
resguardando o que não carece de arrimo,
me apercebo como quem nada sente.
Tudo em volta do buraco é beira!
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