Em todas as minhas noites
existe uma dor de saudade
que tira de mim à vida
e percebo quão intenso foi o meu medo
ao descobrir, que até o meu sono
havia desaparecido do quarto...
Continuei pensando em ti naquela manhã
quando a chuva começava tão lenta
atendi ao apelo do meu coração
agora, não mais acorrentado
libertando-me de minhas angustias.
Lembrei-me...
de um fio invisível de esperança
que insistia com a minha alma
E confesso...
ter me sentido pequeno
a a minha dor, mais intensa ainda.
mas, sei que o nosso imenso abismo de encantos
tragou-me por inteiro
devorando a minha esperanca...
e... pensando em ti...
a tua ausência se transformou numa presença
mas num canto de minha solidão
apenas fechei meus olhos
e deixei que a noite passasse...
pois, chega o amanhecer infinito...
com uma claridade meia-luz, nublada...
que sufoca meus sentimentos
porque a vida não parece existir
e sim, um grande mundo vago...
num vazio existencial
que desagua sobre mim
as lágrimas que vertem de meus olhos!
e nesse viver sufocante...
na solidão de meu calar
no silêncio da minha fria existência!