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POEMA DA PARTIDA (volta para casa) Um poema que vem do alto,
Um presente das musas,
Que compreendem e tocam
A solidão dos corações humanos.
Um poema que canta um triste cantar,
A nossa trajetória, a nossa Odisseia,
A nossa volta ao lar primevo,
Uma casa num lugar distante,
Do outro lado...
Do lado de lá da fronteira.
Um poema que fala dos mistérios,
Da saudade daquilo que não lembramos,
Imagens enevoadas, soterradas
Nas profundezas das nossas almas.
Um poema que traz, de repente...
Uma vontade inexplicável de partida,
Sem que saibamos para onde,
Uma vontade de fuga para o infinito.
Apenas ir... ir... ir...
Caminhando... caminhando...
Sem olhar o que fica para trás
E que se perde na distância,
Na noite dos tempos idos.
Zildo Gallo
Campinas, SP, 07 de janeiro de 2002.
Revisão: Campinas, 14 de junho de 2917.
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