Eu sabia que a minha história estava chegando ao fim.
Mas eu não tinha um ponto final.
Havia um capítulo inteiro que nao havia sido escrito. Rastros de sonhos perdidos em um lugar que era lindo. Pedaços de tragédias que eu fizera de tudo para esquecer. Purgatórios trancadoos nas linhas do tempo que eu nunca ousaria ler uma segunda vez. Memórias perdidas nas memórias dos que em algum momento de minha caminhada tiveram passos ao meu lado. Tempos resumidos pela autenticidade
de uma beleza que não gora feita para durar. Estigmas apagados sem propósitos das mãos dos meus parcos dias no
calvário da vida. Marcas desfeitas das enormes volúpias mesmo antes de acabar. Eu inicio em um fim sem começo em um meio sem mágoas apenas pelo desejo de dizer pontos que fizeram exclamar corações e interrogar distiâncias através do infinito. É assim que sigo. É assim que persigo planícies e montanhas no relevo dos meus sentimentos para falar com os seus.