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Podar de Desejos Descanso despertado,
muito antes da aurora,
o sono é quebrantado,
pela rotina que aflora.
Corpo em indolência,
no olhar adormecido,
o banho traz reflorescência,
o entusiasmar é ressurgido.
O dia lhe esperando,
no usufruir do sonhar,
sirene da fábrica apitando,
é a precisão do trabalhar.
Realidade enclausurando
o viver em subtração,
lá fora pássaros cantando,
no libertar sem sujeição.
Necessidades usurpando,
na imposição ao seu sustento,
fantasias naufragando,
é infirmação ao seu alento.
Podar de desejos,
no apito estridente,
fadiga privando festejos,
fazendo o amanhã sobrevivente.
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