Vida lépida como um raio, que num átimo se dissipa,
mística, bela, enigmática, parecendo infinita,
és teste no jogar, onde impera os que tem sorte,
revelando no seu pulsar, desilusões antes da morte.

Vida e morte hão de estar, no percorrer deste caminho,
juntas vão mostrar, a coexistência no dualismo,
fortificando no viver, esperança em seu sonhar,
aguardando no morrer, efeitos de seu passar.

Ciclo imutável, que os homens não podem quebrar,
o destino aí está, fazendo seguir nosso trilhar,
sem razão nos julgamos, gigantes pela própria natureza,
somos pedantes na arrogância que nos tira a beleza,
ignorância no suceder, com perguntas sem conclusão,
pequeninos, grãos-de-areia, somos um sopro da criação.