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A pele que me vesteMe visto com uma membrana,
de nobreza tal que a muitos assusta!
Não e assustosa pela cor que tem;
também não vistosa mais que outras;
apenas tem o tom que a mim compete!
Tegumento de boa linhagem,
que me encobre da cabeça aos pés,
que me faz algoritmizado na vida.
Envoltório em tons camaleônicos,
tal como deve de ser no agora:
falso tanto quanto judas!, por sinal!
Encourado nesse traje-cútis,
um invólucro deveres afixado,
que não só é revestimento:
mais parece um outdoor-pele
que faz anúncio de um troço! ...
Coisa muito da fina, esse treco
de epiderme ou couro ou casca
ou seja lá como se queira nomear:
pode ser tachado do mais abjeto
ou mais ignóbil ou mais torpe
ou mais execrável, desprezável,
abominável, ignominioso verbo...,
ou mais adjetivos que se tenha...
A repulsiva canalhice, de certo,
não está nos olhos de quem vê;
tampouco em mim ou na película
que se faz de pele e me veste!
Está nas falas de quem condena:
e são repugnantes e repulsivas!
Haja inveja nessas escarradas arengas!
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