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ImpenetrabilidadeLágrimas são as armas do corpo contra as dores!
Por mais que sejam copiosas, são como palavras ao vento:
Esvaem-se, com naturalidade, tão logo são vertidas!
É como o eco se sobrepondo à voz, no saibro da vida!
E a vida é cansada!, isso é certo. E é canseira desmedida!
Baixios e perigos..., tudo acontece como deve ser, entretanto.
Pois que se algo está fora do prumo..., de certo não está escrito
e fica difícil controlar os anjos e os demônios pessoais,
apenas vertendo-se em capciosas e doloridas lágrimas.
Sabe-se bem que enterrado bem no fundo do seu íntimo,
por baixo dessa nimbosa camada de ódio e dor e desespero,
existe alguma coisa que não foi, no tempo certo, amansada.
Difícil tornar-se mais humano do que você agora consegue ser.
Pois que é, apenas uma vaga lembrança de si mesmo!
Não me cabe ser pedra, contudo, e lhe acertar o quengo!
Houve um tempo que olhou para dentro de si mesmo,
provavelmente, e se encheu de mal querença e decepção;
viu-se por inteiro desvalido: carcaça, cabeça e âmago!
Mas não vale a pena revirar o monturo para buscar “sobra”.
Sim! Os detritos que antes você descartou como sobejo.
O que vai você perpetrar, no seu existir, a partir do agora?!
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