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VILIPÊNDIOS Maltratamos o planeta,
que nos acolhe e nos sustenta!
Alteramos o ecossistema!
O descaso se apresenta!
Cuspimos no mesmo prato,
que nos servem todos os dias!
Somos chamados de ingratos,
pela inconsciência repulsiva!
O individualismo é exacerbado,
pela insipiência que acontece!
O coletivo é desprezado,
pelo egoísmo que recrudesce!
Somos seres civilizados,
nos portando como selvagens!
Construímos o avançado,
para um amanhã de desvantagens!
Já ultrapassamos a Exosfera!
Já chegamos até Marte!
A humanidade sempre espera,
o descobrir da existencialidade!
Se déssemos mais atenção,
ao mundo em que vivemos!
A fome estaria em exclusão,
pelo solidário que esquecemos!
Mais isto é pura utopia!
É esperança de um poeta!
O futuro não é garantia,
de uma vida mais conexa!
O homem é ganancioso!
Sua essência é predatória!
Seu livre-arbítrio é inescrupuloso!
Sua mente é diabólica!
Somos a interação de cosmos e estrelas?
Ou vida incompleta que irradia a ilusão!
somos os eleitos com a inteligência traiçoeira?
Ou a semente que constrói que lança a destruição!
Estamos num paraíso de exuberante natureza,
o inclemente progresso despreza sua beleza,
maltrata, açoita e conspurca um plangente futuro,
corrói, polui e desmata cingindo o céu em tom escuro.
Ventos que cantam e sopram o ar em poesia,
brisa acarinhando nossos sentidos em estesia,
ventania que mostra sua energia pujante,
atmosfera benquista, benigna e relevante.
O Sol brilha para nosso planeta viver,
seus raios fúlgidos consolida a existência,
edifica a esperança de um lindo amanhecer,
áurea gratidão temos que ter em nossa essência.
O que queremos afinal?
Se desprezamos o importante!
Se nossa guerras são constantes!
Se a religião consolida fanáticos!
Se as bandeiras irrompem lunáticos!
Sente prazer em destruir,
um mundo belo e maravilhoso!
Nem se importa em poluir;
pois, o lucro é generoso!
Florestas desmatadas!
Queimadas asseguradas!
Indústrias poluentes,
contaminando conscientemente!
O que somos afinal?
Paradoxos em dicotomia!
Corações em arritmia!
Mentes em despautério!
Espíritos em deletério!
Animais em desrazão!
Sensibilidade em extinção!
Almas trilhando errantes!
Incastos seres beligerantes!
Esperanças que não devem ser sepultadas!
Humanidade de boas ações exaltadas!
Otimismo que não pode ser esquecido!
Um mundo que não deve ser embrutecido!
O ar, benigno e gratuito,
é maculado por atos inglórios!
Ignóbeis seres desdenham muito,
o essencial que é invisível aos olhos!
Rios sucumbindo-se por imundícies!
Escoadouro de esgoto a céu aberto!
Fábricas tacanhas mostram sua estultície,
poluindo rios com seus dejetos!
A cidadania começa em casa,
na educação de jogar lixo no lixo!
A cidade é sua, e não deve ser destratada,
a civilidade impõe-nos a não agirmos como bichos!
Homéricos desastres ecológicos,
mortificando a natureza!
Oceanos enegrecidos por petróleo,
de vazamentos displicentes em crueza!
A humanidade alterando o clima,
com suas ações inconseqüentes!
O mundo em dores, declina!
Clama por socorro inutilmente!
A natureza ressente o castigo,
e já iniciou o seu vingar!
Tsunamis, terremotos, fazendo feridos,
mostrando que com ela não se deve afrontar!
O homem néscio é mesmo assim!
Valoriza o que já perdeu!
Água potável está quase no fim,
pelo desperdício que já se empreendeu!
Vivemos numa terra santa,
de propositais lancinantes pecados!
A humanidade ainda não se espanta,
mas o caos no futuro já foi lembrado!
Oh! Natureza pujante!
De criação divina e esplendorosa!
De ímpeto extraordinário! De redenção bondosa!
És beleza e encanto! És a bênção afetuosa!
Oh! Próvida natureza!
De encantos inolvidáveis!
Seus mares são riquezas,
de mistérios inescrutáveis!
Oh! Éden aquiescente,
de arroubos benquistos!
Sua terra generosamente,
é beneplácito de benefícios!
Oh! Orbe, doce lar!
De atmosfera protetora!
És paraíso a conclamar,
que a poluição é destruidora!
Oh! Terra quebrantada,
pela falta de querença!
Conhecendo ações tábidas,
na insensibilidade truculenta!
Oh! Planeta redentor!
Foste obra da onipotência!
O seu sol é benfeitor!
O seu ar é leniência!
Oh, mundo!
De viço exuberante!
De florestas violentadas,
pela inconsciência aviltante!
Oh! Éden venerável!
De incomensuráveis trovões!
De energia inexpugnável,
nos terremotos e furações!
Oh! Terra! De luculento ecossistema!
De gravidade em baluarte,
garantindo de forma plena,
nossa existência em contraparte!
Indecifráveis mistérios,
permeando nosso trilhar,
a única certeza sem despautério,
é que toda vida tem seu findar.
Perguntas sem respostas,
vão suscitar reflexões,
o esperançar nos reconforta,
nesta orbe de ilusões.
Lúdicos momentos,
mostrarão a felicidade,
tristezas virão com o tempo,
oferecendo-nos a maturidade.
Oh! Mundo extraordinário!
Aqui vai meu agradecimento!
Tu és a vida em santuário!
És o maior tesouro do firmamento!
NOTA DO AUTOR:
O autor Alberto dos Anjos Costa agradece à Comissão Julgadora da Revista Conexão Literatura, pela escolha de suas duas poesias Perscrutar e Vilipêndios, às quais foram classificadas para participar da Antologia Literária Poesias ao Vento, que sairá em livro e-book digital. Parabenizo o Organizador da Antologia, Sr. Ademir Pascale e sua ínclita equipe, os quais mostram todo o seu talento, competência, dedicação e profissionalismo em seu exímio trabalho.
Parabéns!
http://www.revistaconexaoliteratura.com.br/
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