|
PROVAÇÃO Oh! Vírus sorumbático!
Que solerte corrói inexorável!
Ofuscas o luzir, impondo o enigmático;
derriba a estesia infligindo o execrável!
Açoitada humanidade;
lançada à própria sorte!
A epidemia em crueldade,
foi o horror, trazendo a morte!
Dúctil orbe transtornada,
por opróbrios fraternais!
A insipiência é propagada,
por pandemias abissais!
Ah! Inquebrantável tempo!
Célere e insopitável!
Como o impetuoso vento,
se dissipa pelo insustentável!
Oh, pandemia! Semeaste insegurança,
num trilhar cáustico e pungente!
O dia a dia com a fé e a esperança,
sepultou a derrota tão iminente!
Neste universo de incertezas,
onde imperam leviandades!
A epidemia foi a certeza,
de que o tesouro é a fraternidade!
Oh! Flagelo invisível!
Que corrói nossas quimeras!
Fincou no viver o imprevisível.
Grãos de areia é o que somos deveras!
Como posso depois dessa quarentena,
não apregoar a vitória por mais um dia!
Se muitos não estarão aqui, para vivenciar a aurora que refulgia.
Como posso recalcitrar contra o amor!
Se depois da pandemia a compaixão mitiga a dor.
Fim da pandemia,
nos incute reflexões,
que a solidariedade é a garantia
do amor sem divisões!
Nota do Autor:
Meus agradecimentos à Prefeitura da Estância Turística de Salto pela escolha pela Comissão Julgadora de minha poesia titulada: PROVAÇÃO, a qual foi classificada em 9° lugar no Prêmio Moutonnée de Poesia 2020.
Parabéns à Prefeitura da Estância Turística de Salto pela consolidação e edificação da Cultura Literária, para que nossa nação seja digna, admirada e respeitada culturalmente.
|
|