O que encontramos ao perfurar as camadas ocultas do nosso ser são restos de comidas jogadas para alguém faminto, partes podres de nós, escondidas ali aonde ninguém vê, cantos secretos, restos de pele misturado com grandes pedaços de orgulho, lugar aonde não se pode chegar, não sem enfrentar uma guerra, ninguém quer encostar na merda em baixo do tapete, mas o fedor vem, em forma de poses ensaiadas moldadas com muita maquiagem anéis caros e não se esqueça do carro, quanto mais caro melhor, perfeito para esconder o garotinho ferido que sofria bulling na escola, o remédio? enfiar a mão na própria merda e limpar tudinho sem esquecer de usar detergente, esfregar até os calos arderem, passar o pano e jogar mais detergente, até que por fim seu próprio reflexo te olhará e dirá, que saudades.