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A arte da SIMPLIFICAÇÃO e a beleza da SIMPLICIDADEO ato ou efeito de simplificar é a simplificação. A forma simples ou natural de dizer ou escrever é a simplicidade. O que não podemos é confundir a arte da simplificação com a beleza da simplicidade.
Sabe o que mais? Pergunto, por que gostamos de complicar quando podemos facilitar ao pensar com objetividade? Seria por que sentimos que em várias situações não há espaço para a sinceridade e a desafetação, como qualidade da simplicidade? Nas palavras de T.S.Eliot, “... deveria eu renunciar a um gesto e uma atitude. / Às vezes tais reflexões ainda assombram / A inquieta meia-noite e o tranquilo meio-dia”.
Noto que perdemos tempo quando não usamos a arte da simplificação no cotidiano, que não tem sentido sonhar que o mundo está em nossas mãos. Precisamos perceber e admitir que um simples ato suspeito, e sem resposta, é capaz de decidir sobre como juntar as pedras do quebra-cabeça da vida no dia a dia. Helena Rotta de Camargo expressa, “A essência da arte se revela nas mais inusitadas situações... // Nos fatos mais corriqueiros, / assoma a essência da arte...”
Afinal, a forma simples e natural de dizer as coisas nos faz analisar as regras da vida, como se as palavras fossem o sentido único da nossa reflexão, sem acrescentar que o ato ou efeito da simplificação contém as proporções para podermos conversar sobre vários assuntos e nos apropriarmos dos sentidos, quando nos apresentamos com a riqueza da nossa consciência. Especialmente se nos sentimos fortes para ampliar as opiniões, razão para nos envolver com assuntos para o bem estar geral; como em Marilise B. Lech, “... quero versos com palavras comprometidas / Que iluminem a todos que deles possam se regozijar. / A esperança na palavra dita que mostra o mapa por onde / devemos andar”.
Trocamos ideias, olhares cúmplices; guardamos segredos no momento em que a palavra grita por socorro ao fazermos uso da liberdade para apenas viver sem luxo, mas, com o conforto e a obrigação de manter a qualidade do viver e atender a nossa curiosidade como simples missão de dever cumprido. Nas palavras de Telmo Mário Dornelles Gosch, “...Concluímos sem demora, / Reconhecemos então, / Que simplicidade vigora, / No sopro da criação // A beleza é água singela, / A felicidade também, / Os simples as fazem bela... // Belo é o homem de palavra...”.
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