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A década revolucionáriaA maioria dos comportamentos atuais das sociedades modernas foram moldados nos anos sessenta do século passado. Tanto os bons quanto os ruins. Grandes homens que sonhavam com um mundo melhor, viveram e foram assassinados naqueles anos. Uma década que começou à beira de um conflito nuclear, terminou com o homem na Lua.
Toda a ciência que envolveu a chegada do homem à Lua foi impulsionada por um conflito ideológico que ficou conhecido como “Guerra Fria. Se toda a montanha de dinheiro à disposição no orçamento da NASA não tivesse desaparecido após a vitória espacial sobre os russos, acredito que o homem já teria pisado em Marte.
Kennedy que seria assassinado em 1963, dois anos antes havia prometido fazer os americanos pisarem na Lua naquela década. Nesse mesmo 1961, a CIA patrocinou uma fracassada tentativa de derrubar o regime de Fidel Castro em Cuba. Esse evento ficou conhecido como “Invasão da Baía dos Porcos”. O Comunismo estava no topo da lista dos inimigos que precisavam ser combatidos. Se possível exterminados.
Os russos então não perderam a oportunidade de usar Cuba para pressionar os americanos Em outubro de 1962 mísseis balísticos russos foram instalados na ilha. Entre os dias 16 e 28 daquele mês o mundo esteve muito próximo de um conflito atômico. Os mísseis foram retirados de Cuba. Não sem os americanos obrigados a retirar os seus instalados na Itália e Turquia. Lógico, apontados para a Rússia.
Por muito tempo os russos estiveram na liderança da corrida espacial. Em 1957 com o seu “Sputnik”, o primeiro satélite era colocado na órbita da Terra. Em 1961, a bordo da nave “Vostok”, Yuri Gagarin disse que: “A Terra é azul”. A mídia do ocidente toda pró-americana não fazia nenhuma questão de divulgar esses feitos. O marco seria 1969 com “O grande passo para a humanidade”.
Em que ponto a corrida espacial se inverteu sempre gerou teorias. Talvez, tudo tenha mudado quando a ciência precisou assumir o controle. Para levar o homem à Lua, a ciência também precisava ser revolucionária. Outra vez, a vanguarda foi americana.
Com o teórico fim da Guerra Fria, atualmente é possível assistir documentários russos e americanos falando daqueles pioneiros espaciais. Muitos perderam a vida em acidentes com suas naves cumprindo missão. O primeiro ser vivo a orbitar a Terra e morrer foi a cachorra Laika. Moscou construiu um monumento em sua homenagem.
Como não há parâmetros, meio século depois ainda não temos a real dimensão do grandioso feito realizado pelos astronautas Neil Armstrong, Michael Collins e Buzz Aldrin naquele 20 de julho de 1969. Para meu espanto, recentemente li uma reportagem dizendo que o módulo de comando Columbia da Apollo 11 que levou os três à Lua ida e volta, tinha menos comandos do que os nossos telefones celulares atuais.
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