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O DIA DNeste 6 de junho, se comemora 75 anos de um dos acontecimentos cruciais para os aliados vencerem a Segunda Guerra Mundial. Vitórias bélicas sempre são acompanhadas de consequências. Após 1945, a Europa foi dividida entre os vencedores, e criou uma nova ordem mundial.
Durante a Guerra Fria temeu-se por um confronto atômico. O livro “Inverno Nuclear” escrito por Carl Sagan, Paul R. Ehrlich e Donald Kennedy é uma ótima leitura sobre o assunto, mas havia outros temores. O fim de qualquer um dos dois impérios antagônicos poderia provocar uma crise nesta ordem mundial.
Foi o império russo quem ruiu entre 1989 e 1991. O temor que a ordem mundial sofresse abalos consideráveis não se confirmou. Sabemos que a ordem atual tem sofrido inúmeros ataques. Apesar disso, os que a governam permanecem intocáveis. É um clube de pouquíssimos sócios.
O “Dia D” é um exemplo de que uma guerra não é vencida apenas nos campos de batalhas. O que aconteceria naquele 6 de junho de 1944 começou a ser planejando em todos os detalhes praticamente um ano antes.
O “Dia D” foi a maior invasão marítima que se tem registro na história. E claro, as praias da Normandia não estavam esperando turistas para banhos de sol. As “boas-vindas” alemãs vieram de armas bem posicionadas, areias minadas e outros obstáculos tais como estacas de madeira, de metal, tripés e arame farpado. O poder bélico trazido pelos aliados também foi sem precedentes.
Foram quase cinco mil veículos de desembarque e de assalto, 289 embarcações de escoltas e 277 dragas-minas. As tropas que atravessaram o Canal da Mancha no primeiro dia somavam 160.000. No final daquele junho esse número aumentou para 875.000. Os paraquedistas lançados em lugares estratégicos para sabotar pontos essenciais como pontes somavam 24.000.
Sabemos que a História é contada sempre pelos vencedores. Os perdedores raramente têm a chance de contar sua versão. Então ainda são os aliados zombando: “O maior erro de Adolf Hitler ao criar “A Muralha do Atlântico” foi não ter colocado um teto nela”. Se os aliados fracassassem na Normandia, talvez, a História estivesse exaltando “A Muralha do Atlântico”. O mundo vivendo uma ordem mundial inimaginável.
As vítimas alemãs do “Dia D” são estimadas entre 4.000 e 9.000 soldados. No lado aliado foram 10.000 as vítimas com 4.414 mortos confirmados. No primeiro dia apenas duas praias foram tomadas. Só em 12 de junho as cinco cabeças-de-praia foram unidas. Com o sucesso do desembarque na Normandia, em 25 de agosto de 1944 acontece a tomada de Paris. A França foi libertada, e Hitler já sabia que tinha perdido.
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