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OS ARCANOS MAIORES DO TARÔ EM POEMAS: A MORTE A MORTE
Chego, à vezes bem de mansinho,
Silenciosamente imperceptível,
Às vezes catastrófica, virulenta e assustadora,
Afirmando a todos o meu poder,
Sobre tudo que habita este mundo em carne viva.
Tudo que nasce e cresce neste plano
Um dia com certeza, recebe a minha visita certeira,
A minha indesejada e incompreensível chegada
E não há como não abrir as portas
Para impedir a minha gélida e triunfal entrada.
Chego à sua casa, às vezes sem prévio aviso,
Tanto para arrancá-lo para fora
Do seu já carcomido casulo material
Como para retirá-lo à força, dentro desta mesma vida,
Da sua modorrenta e pegajosa comodidade.
Bem-aventurados são todos aqueles
Que me recebem na sua medíocre morte-vida
E, renascidos, captam a minha clara mensagem
E com olhos e almas abertos, (re)iluminados,
Iniciam uma nova viajem neste mundo ainda...
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