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Confesso que tu és meu pecado Ah mulher curvilínea, de madeixas em movimento, a desfilar em meus pensamentos
Como és tão doce e sedutora, fêmea a fazer-me de são em louco, homem insano
Pecado do qual tento não perpetrar, pois és figura que ronda meus sentimentos
E sei que vou pecar novamente por ti, depois do beijo, rasgar-lhe todo o pano
Tentei tanto não deixar prosperar esse desejo por teu corpo que me faz ferver
Que me torna mais louco que um paraquedista a saltar sem seu velame
Que me faz correr pelo Vale da Morte sob altas temperaturas e não morrer
Que me faz andar pela Paulista gritando o seu nome e pedindo que me ame
Ah, mas fazer isso é pouco diante do que tu me fazes nas sombras de tua cama
Mulher devassa, de fria não tens nada, nem como cerveja és, doce namorada
Que com tuas magias encanta-me o sexo e, soberbamente, sussurra que és minha ama
Então ordenas que eu te devore, da cabeça aos pés, de maneira despudorada
O que faço para ser perdoado desse pecado mulher tão formosa?
Carregar pedras por horas sob o sol ou lançar-me diante de trem?
O pecado verdadeiro és tu, que sabes ser essa mulher tão indecorosa
Se perguntarem por ti, nunca direi, porque não quero que te encontrem
Robert Thomaz
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