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E aí galera! Hoje vou falar um pouco sobre os 17 brasileiros que mandam muito bem no xadrez. Um deles está no Youtube. Muita coisa bacana pra comentarmos.
Os
14 Grandes Mestres de Xadrez Brasileiros
O
xadrez brasileiro teve seu nome elevado no cenário mundial pela maestria de
alguns de nossos célebres enxadristas. A contribuição de cada um foi e segue
sendo importante para a nossa história. Para ficar por dentro desses grandes
feitos, que tal conhecer um pouco da história destes 13 grandes mestres do
xadrez? Confira a lista em ordem alfabética!
Alexandr
Fier
Natural de Joinville, Santa
Catarina, iniciou sua carreira muito
jovem, vencendo o
campeonato paranaense sub-10 logo aos seis anos de idade. Ainda nas categorias
de base, destacou-se pelo vice-campeonato mundial sub-10 em 1998, disputado na
Espanha.
Com dezesseis anos de idade,
alcançou o título de Mestre Internacional e dois anos mais tarde o de Grande
Mestre, tornando-se o segundo mais jovem brasileiro a atingir tal feito. Fier
era um dos sete Grandes Mestres Internacionais brasileiros no ano de 2007, e
passou a ser o número um em 2009, quando atingiu a posição 95 no ranking
mundial. Na lista da FIDE de junho de 2018 ele é o número 2 do Brasil.
Dono de um estilo de jogo
denominado “caótico” por ele próprio, é conhecido carinhosamente por sua legião
de fãs como “No Fier”, que em inglês significa “sem medo”. Atualmente o jogador
vive em Tbilisi, na Geórgia, com sua esposa, a também enxadrista Nino
Maisuradze, e o filho do casal, o pequeno Viktor Fier. A mudança de endereço
permite que Fier seja o enxadrista brasileiro mais atuante nos torneios
internacionais, especialmente os europeus.
Fier é o atual campeão brasileiro
de xadrez e está convocado para representar o Brasil na Olimpíada de 2018.
André
Diamant
O enxadrista cearense radicado em
São Paulo, André Diamant (Fortaleza, 1990), iniciou sua vida no xadrez logo aos
quatro anos, aprendendo os princípios com seu pai. Com oito anos, iniciou suas
aulas no Clube Hebraica, demonstrando um nível elevado de jogo. Patrocinado
pelo clube, realizou um estágio de quatro meses na cidade russa de São
Petersburgo, na Academia Alexander Khalifman e, mais tarde, morou nos Estados
Unidos.
Tendo conquistado
vários títulos, incluindo o pan-americano de 2001, integrou a equipe
olímpica brasileira na 38ª Olimpíada de Xadrez. Em 2008, aos dezoito anos,
sagrou-se campeão brasileiro, em uma das mais fortes finais de todos os tempos.
Um ano depois conquistou o título de Grande Mestre, sendo o oitavo brasileiro
a alcançá-lo.
Diamant esteve um tanto afastado
dos torneios pelo período em que cursou faculdade nos Estados Unidos, mas no
ano de 2015 nos brindou com a grata surpresa de seu retorno aos tabuleiros
tupiniquins. Na lista FIDE de junho de 2018 ele é o número 8 do ranking
nacional.
Darcy Lima
Darcy Lima (Rio de Janeiro, 1962)
conquistou o título de Mestre Internacional em 1989 e Grande Mestre em 1997,
tendo representado o Brasil em várias Olimpíadas. No ano de 2003 tornou-se
campeão brasileiro absoluto pela 3ª vez, sendo apontado pelo site russo Chess
Siberia como o melhor jogador de xadrez de setembro daquele ano.
Atualmente Darcy é presidente da
Confederação Brasileira de Xadrez – CBX. A função administrativa não afastou o
GM dos tabuleiros, que ainda compete, embora em menor intensidade. Atualmente
ele é o jogador nº 6 do país, segundo a FIDE.
Evandro Barbosa
Natural de São Sebastião do
Paraíso/MG, Evandro Amorim Barbosa tornou-se o 12º grande mestre brasileiro no
ano de 2016, quebrando o jejum de 06 (seis) anos sem novos GM’s no país. A terceira
norma era questão de tempo, mas seu desempenho no Campeonato Brasileiro
Absoluto de 2015, quando terminou como vice-campeão, antecipou os fatos e o
feito foi alcançado logo em seguida, no Circuito de GM do Nordeste, etapa de
Natal/RN.
Evandro
contou os segredos da sua trajetória até a norma definitiva na Palestra Online
“Como se
tornar um GM?” ministrada junto com GM Rafael
Leitão. Um trecho da aula, no qual ele diz os livros que utilizou em sua
preparação, está disponível no Canal da Academia Rafael Leitão no
Youtube.
No ano de 2016, já como Grande
Mestre, Evandro representou o Brasil pela primeira vez na Olimpíada de Xadrez
de Baku, no Azerbaijão. Atualmente ele é 10º do ranking brasileiro.
Everaldo Matsuura
Nascido em Maringá, Paraná, em
1970, sagrou-se Mestre Internacional aos 26 anos de idade, com inúmeros títulos
no currículo. Suas conquistas mais expressivas incluem o quarto lugar no
Mundial de Cadetes, na Argentina, em 1986; algumas participações na
Olimpíada de Xadrez e a classificação para a Copa do Mundo da FIDE.
Tornou-se o 11º Grande Mestre
brasileiro em 2010 e, atualmente, tem a 15ª posição no ranking nacional de
xadrez.
Em fevereiro de 2017, Matsuura
conquistou seu segundo título brasileiro, 26 anos após a primeira conquista,
ocorrida em 1991.
Ele é o 12º enxadrista brasileiro
na lista da FIDE de junho de 2018.
Felipe El Debs
Nascido em São Carlos, São Paulo,
em 1985, recebeu o título de Grande Mestre em 2010, obtendo a norma decisiva no
Memorial Wanderley Cason de Melo, em Campinas. Felipe finalizou o campeonato de
forma invicta, com nove pontos, dentre treze possíveis, vencendo dois dos cinco
Grandes Mestres participantes.
No Campeonato Brasileiro sub-20
de 2005, no qual tornou-se Mestre FIDE, o título veio para coroar uma atuação
perfeita, com 100% de aproveitamento.
Recentemente,
El Debs conquistou seu primeiro torneio internacional, o Washington Congress 2015. Ele é o atual nº 7 do ranking nacional e integrou a equipe olímpica
brasileira em Tromso-2014 e Baku-2016. El Debs foi convocado para representar o
Brasil na Olimpíada 2018.
Gilberto
Milos
Gilberto Milos (São Paulo, 1963)
recebeu o título de Mestre Internacional em 1984 e Grande Mestre em 1988.
Conquistou seis títulos nacionais entre os anos de 1984 e 1995 e participou da
equipe olímpica em diversas ocasiões, além de ter representado nosso país em
várias Copas do Mundo.
Dentre suas mais notáveis
conquistas, estão os quatro títulos do Campeonato de Xadrez da América do Sul,
sendo o último em 2007, além de expressivas colocações em Campeonatos Mundiais da
FIDE.
É preciso
destacar também que Milos foi treinador do GM Rafael Leitão durante muitos
anos, desde que o maranhense passou a residir em Americana, em 1995. Rafael
considera Milos um dos grandes responsáveis por sua conquista do título mundial
sub-18 em 1996 e do seu título de GM, dois anos mais tarde. Veja a entrevista
que Milos concedeu a Leitão no Canal da Academia o Youtube.
Por estar há mais de um ano sem
disputar torneios oficiais, Gilberto Milos está inativo na lista de rating da
FIDE em junho de 2018.
Giovanni Vescovi
O enxadrista brasileiro Giovanni
Vescovi (Porto Alegre, 1978) começou logo aos três anos de idade a jogar
xadrez. Em 1987, tornou-se vice-campeão mundial mirim, sendo o primeiro
brasileiro a conquistar esse feito.
Grande Mestre desde o ano 1998,
Vescovi já participou de campeonatos em mais de trinta países, tendo o domínio
de cinco idiomas.
No início de 2010, foi
considerado o melhor enxadrista brasileiro e 64º do mundo, conquistando, ao
final desse mesmo ano, seu sétimo título nacional de xadrez.
Em 2012,
teve sua última participação nas Olimpíadas de Xadrez de Istambul, passando a
competir desde então apenas em alguns torneios por equipes aqui mesmo no
Brasil. A inatividade do enxadrista na lista oficial da FIDE se deu porque ele
passou a se dedicar ao mercado financeiro, como disse o próprio Vescovi em entrevista concedida ao GM Leitão.
A “rivalidade” entre Vescovi e
Leitão começou cedo, pois se enfrentaram pela primeira vez em 1987. Apesar de
adversários no tabuleiro, sempre conservaram uma relação de amizade.
Henrique Mecking
Henrique Mecking (Santa Cruz do Sul, 1952),
o Mequinho, como é conhecido, é considerado a lenda do xadrez brasileiro.
Bicampeão do Torneio Interzonal e
duas vezes candidato a desafiante ao título mundial, Mequinho, no ano de
1977, alcançou a terceira posição no ranking mundial. Infelizmente, por motivo
de doença, precisou se afastar e sua carreira foi imensamente prejudicada.
Retornou apenas em 1991 ao xadrez de forma mais concreta, atuando ainda em alto
nível.
Mequinho
passou a disputar torneios online, como os realizados no Internet
Chess Club. Contando com 25 mil jogadores, sendo aproximadamente 200 Grandes
Mestres, alcançou por mais de dez vezes a primeira posição no ranking. Em 2008,
conquistou o primeiro Campeonato Brasileiro por internet.
O primeiro grande mestre
brasileiro ainda disputa matches e alguns torneios. Seu retorno aos tabuleiros
aconteceu em fevereiro de 2017, quando jogou o III Floripa Chess Open, ficando
em 15º lugar, o que o fez retornar à lista da FIDE como o nº 2 do Brasil em
março de 2017. Atualmente ele é o número 3 do Brasil de acordo com a lista da
FIDE em junho de 2018.
Jaime Sunye
Engenheiro civil e enxadrista de
Curitiba, Jaime Sunye foi bicampeão brasileiro juvenil e campeão juvenil
pan-americano. De dez participações no Campeonato Brasileiro de Xadrez,
sagrou-se campeão em sete oportunidades, além de grandes apresentações em
torneios interzonais e sul-americanos.
Sunye alcançou o título de Mestre
Internacional em 1980 e de Grande Mestre seis anos depois, sendo o segundo
brasileiro a alcançar tal feito. Representou o Brasil em nove olimpíadas e foi
presidente da Confederação Brasileira de Xadrez entre 1988 e 1992, além de
atuar como vice-presidente da FIDE para as Américas. Mais tarde, passou a
dedicar-se a projetos de ensino de xadrez em escolas.
Sunye voltou a jogar torneios em
2018, tendo conseguido o vice-campeonato Paranaense (atrás de Fier). Na lista
de junho de 2018 ele é o 13º melhor jogador do Brasil.
Krikor Mekhitarian
Enxadrista da cidade de São
Paulo, Krikor é um dos mais fortes GMs brasileiros em atividade. Ele é
conhecido e temido por suas preparações teóricas de alto nível, já tendo
trabalhado como analista para a lenda do xadrez mundial Levon Aronian. Krikor
tem ascendência armênia e fala o idioma com fluência.
Em 2010, no torneio Open de
Eforie, realizado na Romênia, conquistou sua terceira norma para tornar-se um
Grande Mestre.
Campeão
Brasileiro Absoluto de Xadrez no ano de 2013 e 2015, Krikor é o atual nº 5 do
ranking nacional. Veja a entrevista que o GM concedeu a Rafael Leitão no Canal da Academia no Youtube.
Luís Paulo Supi
Nascido em Catanduvas-SP, em 25
de junho de 1996, Luís Paulo Supi se tornou o 14º Grande Mestre Brasileiro em
dezembro de 2017.
A primeira norma de GM veio no
Floripa Chess Open de 2016, quando liderou boa parte do torneio e lutou pela 1ª
colocação até a última rodada. O resultado final foi o 4º lugar, no critério de
desempate com o 2º e o 3º colocados.
A segunda norma foi conquistada
junto com o título de Campeão Pan-Americano sub-20, ocorrido em Guatapé
(Antioquia), Colômbia, em 2016, quando fez expressivos 8 pontos em 9 rodadas,
sendo 2 empates e 7 vitórias.
A terceira e definitiva norma
veio como um presente de natal antecipado, ao conquistar o ITT Magistral Acre
2017, ganhando 9 pontos de rating. Dias antes, ele já havia somado 13 pontos
aos seus 2530, quando venceu o II Aberto do Brasil de Xadrez Cidade de Rio
Branco, no Acre.
Na lista de junho de 2018, Supi é
o 4º colocado no ranking nacional.
Rafael Leitão
O heptacampeão brasileiro Rafael
Leitão (São Luís, 1979), detentor dos títulos de Grande Mestre Internacional
pela FIDE e ICCF, começou a jogar xadrez logo aos seis anos de idade e, aos
nove, conquistou o título de campeão brasileiro mirim sub-10, o primeiro de uma
carreira de sucesso.
Aos quinze anos de idade, Rafael
tornou-se Mestre Internacional e em 1998, Grande Mestre, sendo o mais jovem
brasileiro a atingir tal conquista.
Dentre participações em
olimpíadas e campeonatos mundiais, obteve destaque no mundial de Nova Delhi, em
2000, terminando entre os dezesseis melhores do mundo e na Olimpíada de Xadrez
de Turim (2006), conquistando a medalha de prata, melhor posição atingida por
um brasileiro na história desse evento.
Pela FIDE, é o único brasileiro a
deter dois títulos mundiais (sub-12 e sub-18). Em decorrência do alto nível da
competição, a conquista do mundial sub-18 foi de extrema relevância para o
xadrez brasileiro.
Em 2012, com o terceiro lugar no
Mundial de Xadrez por Correspondência, Rafael tornou-se Grande Mestre nesta
categoria, título homologado pela Federação Internacional de Xadrez por
Correspondência (ICCF).
Atualmente,
Rafael Leitão é o jogador nº 1 do Brasil, de acordo com a lista da FIDE do mês
de junho de 2018. Saiba mais sobre a carreira de Leitão no nosso artigo Os 30 Anos
de Carreira do GM Rafael Leitão.
Yago Santiago
Nascido em 17 de abril de 1992, o
pernambucano Yago de Moura Santiago aprendeu a jogar xadrez aos 8 anos de idade
com o pai. No ano de 2009 ele foi campeão absoluto do Nordeste do Brasil após
vencer o II Memorial Governador Miguel Arraes, também conhecido como
“Nordestão”. No ano de 2010, o feito foi repetido.
Em 2012, após se tornar
vice-campeão do Campeonato Sulamericano de Xadrez Sub-20, realizado em
Assunção, no Paraguai, Yago consagrou-se Mestre Internacional.
Em julho
de 2017, depois de vencer o XVII Magistral Internacional Ciudad de Río Grande,
na Argentina, Yago tornou-se o 13º
brasileiro a conquistar o título de Grande Mestre Internacional de Xadrez, após atingir 2.500 pontos de rating, já que havia conquistado as 3
normas de GM necessárias à outorga do título.
De acordo com a lista da FIDE de
junho de 2018, ele é o enxadrista nº 15 do Brasil.
Gostou de conhecer a
história dos 13 Grandes Mestres brasileiros? Deixe sua opinião nos comentários
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