Semeadura dedicada, com ternura e fervor,
germinando o rebento, do pai sonhador,
na súplica do formar de seu corpo primoroso,
é a bênção do divino, em seu nascer luminoso,
com sua dádiva alegrando, a principiar agraciador,
é pureza imaculada, tesouro do poder divinizador.

Seu crescer é reluzente, ensinamos o respeitar,
o educar é fortificante, para sua moral cristalizar,
é o pai que padece, na renúncia, sem se ressentir,
o amor, é prova que ele perece, dando lugar ao seu porvir.

O tempo vai lembrando, toda esta aflição,
o filho corno um pássaro, sai voando de seu ninho,
o pai, em seu lamento, espera o reconhecer da abnegação,
seu desprendimento ao sucessor, que o deixou sozinho,
esta é a gratidão, recompensa frustrada,
decepcionando o coração do pai, em sua vida mortificada.