MINHA CEREJA DO BOLO



Vou degustar a cereja do bolo sem fadiga de esplim,
E quando estiver saboreando, estarei a sonhar
Que estou desenhando o amor com gosto de pudim;
Depois de contornar suas formas e me lambuzar!

Vou apreciar teu sorriso de sol, em seguida pintar
Com muito amor colorido e cobrir tudo assim
Com calda de menta sem ter de me inquietar
De alisar teu corpo, untando com leite, junto a mim!

Depois contemplarei teus olhos e tua boca ardente,
Pois é assim que ansiosa a minha vida almeja...
Nessa volúpia certamente estarei de fato consciente

Que ao colar meus lábios em teus lábios tu desejas
Saciar minha sede de maneira extrema e totalmente
Serás pra toda vida, do meu bolo, minha eterna cereja!


Francisco de Assis Silva