O amor enfim chega ao seu sono.
Agora estamos prontos
para cair mortos
depois que tudo se resolveu no raso,
finalmente surge o sono do amor.
O sonho do amor é de outra esfera,
dos despertos,
talvez dos poetas
dos que inventam eternidades.
Agora em nossa cama,
encontramos o sono do amor;
o sonho de amor, ao contrário,
abre bem os olhos,
sai dos espelhos,
brilha para pupilas;
e, carregado de boas intenções,
às vezes sente tapas no rosto;
mas enquanto isso,
o amor e o seu sono se juntam:
no raso, quando dormimos na praia;
e também no profundo,
quando nos tornamos de fato
algo blindado
e sem propósitos.
O amor e afinal o seu sono;
estamos prontos para cair mortos
e nossos braços inquietos
se confundem durante a noite.