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O FILÓSOFO DO RÁDIO

Numa noite dessas após ligar meu computador pus minha pastinha de músicas chamada de “favoritas” para tocar. A pastinha tem muito do passado, e quase nada do presente. É comum ouvir pessoas dizendo: “Não se faz mais músicas como antigamente”. Tendo a concordar. Aventuro-me até citar motivos para isto acontecer.

Perguntem as letristas. Aos poetas. Aos protótipos de poetas nos quais me incluo. Não se cria um poema sem que haja sentimentos. E são os sentimentos que mudam, ou estão mudando. Querem um exemplo. Ouçam as canções de Roberto Carlos com Nice, e após Nice. A transformação dos sentimentos nas canções é claramente perceptível.

O rádio também passou por uma enorme evolução com o advento da frequência modulada e digital. É uma pena que nesta evolução, a figura do comunicador veio se desfalecendo. A inteligência da mensagem não deixou apenas de ser importante. O rádio atualmente vive a sua “era das vinhetas”, e os comunicadores se deixaram engolir. Vozes vazias entre uma música e outra.

Agora podemos voltar para minha pastinha de músicas favoritas. Aleatoriamente a primeira música que tocou foi “I’m Not in Love” da banda britânica “10cc”. Então recordei algo especial. Não! Não foi nenhuma paixão do passado. Lembrei do comunicador de rádio Hélio Ribeiro. Que traduzia esta canção de maneira brilhante.

Hélio Ribeiro morreu ainda um menino aos 65 anos de idade no ano 2000. Comecei a ouvir seu programa “Correspondente Musical”, quando ele trabalhava na Rádio Bandeirantes de São Paulo. E que estranho dizer que o rádio evoluiu. Hoje é impossível sintonizar uma rádio FM de São Paulo num radinho de pilha estando em Santa Catarina. Coisa mais que corriqueira na época da amplitude modulada (AM).

Muitas das canções traduzidas por Hélio Ribeiro são encontradas na internet. Eu não sabia, por exemplo, que Eric Clapton compôs a canção Tears in Heaven (Lágrimas no Paraíso) homenageando seu filho de cinco anos que morreu ao cair do 53º andar de um edifício. Hélio Ribeiro conta isso no início da tradução. É emocionante.

Não eram apenas as traduções. Suas mensagens colocavam seus ouvintes para pensar, meditar, fazer. Talvez, desfazer. Coisas praticamente impossíveis de acontecerem com os comunicadores de rádios atuais. Várias dessas mensagens também são encontradas na internet. Uma para as mães é um convite as lágrimas.

A importância de Hélio Ribeiro é tamanha que mereceu a criação de um memorial em sua homenagem. Uma homenagem é o mínimo que pessoas únicas como Hélio Ribeiro merece. Existem legados que deveriam ser proibidos de desaparecerem. Existe também o mundo dos privilegiados. Eu vivia neste mundo enquanto ouvia não apenas o maior comunicador do rádio. Eu ouvia o maior filósofo do rádio brasileiro.

 
   
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