Apesar dos radicais estarem em constante negação é fato. Alterações climáticas vêm ocorrendo no planeta. Infelizmente já passamos do ponto que permitia algum tipo de retorno. O objetivo agora á apenas dar uma esperança de sobrevivência aos humanos que ainda estiverem por aqui.

A negação dos radicais assusta. Entretanto, ela não nasceu na atualidade. Foram os radicais quem moldaram o mundo em que vivemos. Um dos mandamentos que acompanhou essa mudança foi o radicalismo. Foi assim com relação à política. Foi assim com relação as crenças.

Pesquisas indicaram que 11 milhões de brasileiros acreditam que a Terra é plana. Que as viagens espaciais são fake news. Que o homem nunca pisou na Lua. Uma boa pergunta a se fazer a eles seria onde estão os satélites que permitem os terraplanistas criarem seus grupos na internet? Numa Terra plana, comunicação via satélite seria uma das coisas impossíveis.

A teoria que ainda embala os terraplanistas, já foi uma das bandeiras levantadas pelas crenças. Com o rabinho entre as pernas, foram obrigados a abandoná-la. Tiveram outras bandeiras. Para que elas continuassem balançando no alto do mastro por um tempo maior, as fogueiras da Inquisição ceifaram a vida de muitos. E pedidos de desculpas apareceram apenas no século 20.

Achando-se a “dona da verdade”, e ignorante quanto as leis do Universo, a crença colocou o planeta Terra como o centro do Sistema Solar. Era o Sol e os demais planetas quem giravam em torno de nós. Aqueles que ousaram rebater essa teoria absurda, foram condenados pela “Santa Inquisição”. Os que se salvaram das fogueiras foram excomungados.

Os estudos científicos são os alvos principais da negação desses radicais. Para eles, a ciência sempre estará errada. Afinal, a ideia na qual se baseia toda a crença, é que no momento certo seremos salvos por uma entidade divina. Que que danem os estudos científicos. Posso enganar multidões aparecendo prostrado de joelhos nas redes sociais.

Por falar de excomungados, se aproxima o momento em que esses radicais passarão a excomungar livros. A literatura brasileira sofrerá o crivo desses radicais. Apenas eles do alto de toda a ignorância saberão o que é bom e deve ser lido. Se a sociedade não impor um limite a esses radicais, fogueiras de livros nas praças farão parte do nosso cotidiano.

Os radicais sempre caminharam ao lado de tudo o que é retrógrado. Esse é o alimento buscado quando é preciso fazer uso da negação. A pior e mais ignorante forma de negação é a ideológica. Atravessamos sua pior escuridão neste momento. E não há raios do alvorecer do horizonte.