Eu sei e escrevo, porque por causa dela já passei por cada uma, quer dizer, passei não, melhor dizendo, me escapei de cada uma!

Quase sempre a minha elevada percepção me alerta antes,
- te afaste deste fulano (a), note que está se deixando levar pela
inutilidade da presunção.

Eu até já convivi com certos elementos que aos poucos foram se elevando
a um nível que nunca tiveram e não sei por que cargas d’águas se deixaram
dominar por tal sentimento, talvez por se acharem bonitinhos ou devem
ter sonhado, que em uma bela noite enluarada a rainha dos apaixonados,
em vez de lhe enviar raios de paixões, lhe enviou um rei com coroa de diamantes que lhe adentrou pela barrica, sendo que ao acordar de pronto saiu entre o povo à procura de súditos que com ele viesse a formar um exército de tolos fanfarrões, ou ainda, ao despertar deste sonho se sentiu diferente e saiu saltitando, gorjeando que nem passarinho verde entre os ramos avermelhados de um pé de goiabeira encarnada!

O vaidoso sem dar conta vai perdendo o bom senso e passa a se tornar arrogante, sendo que, em qualquer lugar em que se encontre são julgados pessoas não gratas, pois na vanglória se tornam inconvenientes.
A não ser por aqueles extremamente dependentes do vaidoso,
os ditos puxa-sacos, que vivem nas falsidades de elogios
e em descabidas bajulação.

Como eu, vocês também sabem que existem muitos destes elementos pensando serem mais do que os outros e por certo vocês já sentiram
o encabulamento de saber o que é fazer parte de um convívio com tipos assim, principalmente aqueles um pouquinho mais abastado em bens materiais, se acham os tais, os mais inteligentes que sabem de tudo, embora em escutas se distinga o quanto são ridículos, mas não se
fragam acham-se os mais espertos e vivem a repetir bobamente
para eles mesmos, - eu é que sei pensar, e solução para o melhor
de uma vida, solução para todos os problemas encontra-se aqui na pontinha da língua, só que a tal língua já levou milhões
de doídas mordidas dos próprios dentes!

Alguns parceiros (as) do diário, repentinamente começam a se revestirem com o grosso manto da vaidade sem se aperceberem que ela, além
de lhes nulificar é um sentimento que vem a prejudicar, porque rápido
os amigos começam a notar o quão danosa está sendo sua presença
e o instinto primeiro é ligeiro se afastar.

Os que partem para este caminho de vaidades são antes de tudo
uns insensatos que não percebem o quanto podem perder com
o distanciamento e que simplesmente estão a fazer de suas vidas
uma sem graça comédia, que passa a não combinar
com as expectativas de ninguém.

Confesso que nunca achei uma qualificação para os que agem assim, antes, eu os chamava de infelizes otários de si mesmos, mas fui descobrindo que não, eles em sua presunção pensam realmente
serem os donos do pedaço tentando em convencimentos repassar
aquilo que na real nunca chegarão a ser!

A vaidade em sua nua e crua realidade é, a meu ver, e de muitos outros
que convivem em meu ciclo social, a perda completa da moralidade.

Mas sei também que existem aqueles vaidosos que são profundo conhecedores da alma humana e usam este conhecimento para
melhorias em sua vida e para a elevação de seu ego pessoal.

Felizmente também existem muitos que não deixam que venham
a obter lucros sobre seus sórdidos interesses, pois existem aqueles,
isto em todos os seguimentos da sociedade, que agem como os gaúchos
em seus cavalos, sempre sabem o lado que devem montar...



Elio Moreira – Torres – RS OPB - Brasil