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Pós-coito

A mão, enluvada com lascívia, desliza por sobre o dorso nu.
O suspiro lânguido é incontido!
A letargia é partilhada!
Um beijo retributivo escancara ápice: um leve tocar de lábios, sem muito premir, com leve sucção..., sinônima carícia. Ósculo que enseja, mas se interrompe. O esmorecer tem mais vigor. Muito distante dos desregrados momentos que o antecederam e que delimitaram o apogeu do estiolado.
Suores afogueados, passíveis de exaustão, exalam lubricidade. Transbordam deleite..., espargem o óbvio carnal..., vivificam o frescor do sensual no alento dos suaves espasmos, perto de impolutos, ainda em profusão.
Seios intumescidos, alvos de lúbricas carícias, reagem de forma passional no peito arfante. O leve acarinhar, em nuance propositiva, delimita o clímax. Estabelece trégua. Estrema o que é mais que vontade, que arrepio, que atração..., que o simples fato de querer, que o asseverado instante de encanto, que se delimita: não se alonga.
Dizeres emudecidos nos olhares cúmplices ponderam prazeres loucos em solene momento de fenecimento..., percebem-se em completitude nos gestos lerdosos de afagos impudicos e licenciosos em arrebatar concupiscente.
Olhares complacentes pronunciam-se em confissões de prazeres, em nuança libertina que remanesce de beijos lascivos, que baralhados com frases desanexadas da razão e promessas castiças em murmúrios afetuosos..., meigos..., impudicos..., carnais..., em juras breves, em intenso e voluptuosos pressagiar.
Corpos se enroscaram..., digladiaram..., completaram-se..., fundiram-se com a magnificência que lhes eram próprias..., e se esvaíram em deleites, e se narcotizaram em prazeres de plena intensidade..., que sobejaram contenda sem que, em momento algum, fossem êmulos!
Os cheiros todos se misturam..., somam-se, e inebriam, e exalam em mil perfumes, e provoca mais e mais luxúria..., não fosse o colapso orgástico seriam eternos esses momentos. Asseverado a níveis máximos de inquietação fisiológica: o desejo intenso das partes; a completude da fusão de néctares. Corpo a corpo em entrelace magistral; pele com pele em roçar veemente.
Por sobre os lençóis amarfanhados sobeja volúpia; repousam personagens desnudas, e esmorecidas, e enroscadas, e dissolutas; assentam-se orgásticos pensares imponderáveis, plenos de néctares. São incontidos os arrepios que abrolham da umidade entre coxas e, em pequenas descargas eletrizantes, mais açodam a lubricidade; acendem, ainda, pequenas contraturas na musculação por inteiro; seduz e acalenta mais; transcreve com obviedade dissoluta os intensos prazeres.
São incontidos e languescidos, e luxuriosos, e pejados de findos encantos, os corpos enlevados. Um morrer doce, suavizado pelos orgasmos. Os prazeres parcamente satisfeitos. A luxúria em pleno domínio, espargida!
Esvaídos, extáticos, arrebatados, absortos, alheados..., entregam-se a lerdeza dos gestos. Deleite indescritível: um expirar suave de profundo desfrute, de carinhos lúbricos, de fenecer...; um toque, um beijo, um afago, um acarinhado tumefeito pelos prazeres, com leves aproximes espásmicos, incontidos, mudos, deleitosos...
O desejo apétalo rememora o que agora é fenecer: sobressaído do libertino, do voluptuoso, do lascivo, do sensual, do desregrado, do devasso..., sem pudicícia, sem melindre, sem recato, sem pudores, sem reservas, sem compostura, sem decoro..., avultado do mais singelo de todos os anseios: o tesão!
O leito, púlpito de embate sem derrota por partes qualquer, assiste, sem protestação: mero observador da fugacidade lúbrica; castiço testemunho de tão grande enlace; saibro de tão fortuito momento..., memoráveis instantes que, inesquecíveis, hão de perdurar em outros muitos, se não igual, tão lúbricos quanto; tão céleres quanto a excitação, aos arrepios, a atração, aos espasmos..., mesmo quando findo.
Intérpretes lânguidos de desejos incontidos, em momentos tugidos que abarrotaram um existir. Eterno instante de intensa lubricidade. Caprichoso véu diáfano de fantasia impudica, debochada, depravada, desregrada, devassa, lasciva, libertina..., hemorrágica!
Afagos em profusão; libido em profundeza; plena letargia; completo exaurimento; entrega inteira de corpos..., libertinagem: desregro de arrebatadora orgia, suavizado pelos gozos, pelos grunhidos, pela mudez, pelo sensual, pela volúpia..., em desatada agonia de ver, ouvir, cheirar, sentir: tato quando falta a explicitude plena dos sentidos; esfregar de pele quando falta a atilamento do toque...; quando o que é ensejo, perde-se em desmedida concupiscência.
O que é pueril, debochado e devasso, fartar-se!
O que é licencioso, sobrepuja os sentidos todos!
O que é imperante, arrebata o êxtase!
O que é lúbrico verte-se em viço..., e o enroscar de línguas em carícias intensas, em esgrimir desvelado, em enlevo sem códigos, sem preceitos, sem cláusulas..., sem pudicícia...: intensa urdidura sensualista sustêm-se em desejos inflamados, em afagamentos esbraseadas, em beijos que as línguas se acarinham, em concupiscente troca de carinhos por maneiras alcatifadas com o lascivo..., em muitos e tantos abraçar, apertar, roçar, burilar, amarfanhar, lambuzar...
Um enlanguescer suavizado pela volúpia eleva os túrgidos instantes que suplantam os mais profundos pensares: as mãos, voluptuosas, apalpam em tateio cego; os sentidos, todos, interpretam os muitos anseios; as muitas e inconfessáveis palavras emudecidas estampam os mais óbvios dizeres..., e em tudo procura deleite..., e em tudo inspira lascívia..., e em tudo frui a emoção, o encantamento, o deleite, o enternecer..., os torpores...
Corpos enlevados, exauridos, extasiados; esmorecidos..., púberes de gozos; findos de viçosos êxtases; plenos de achegos impudicos; sucedidos de estertores; sobrevindos de infindáveis e morosos prazeres...; após se esvaírem-se em suores, e cheiros, e orgasmos; após reescreverem o licencioso, o libertino, o devasso, o libidinoso, o concupiscente, o inominável..., em perplexo desatino refreado.
Sobeja lascívia comedida pelo deleite por sobre a cama em desalinho. Repousam, em panos enxovalhado, corpos amarfanhados com lábios indecisos, seios intumescidos, coxas em desalinho, peles esvaídas em suores, mãos desenlaçadas de desejos, entre coxas vertendo néctares...; gosto de gozos nas bocas de lábios revestidos com anestesiantes beijos; o ar, pleno de cheiros esmorecentes..., apelo ao reparte.
Finda-se tudo!
Consumaram-se amantes: banham-se, vestem-se, apartam-se!

 
   
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