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Diva do Lar Trabalho extenuante,
no valor depreciado,
rotina desgastante,
seu esforço nem é notado.
Mãos desatendidas,
sem tempo para beleza,
fisionomia embrutecida,
pelo cansaço sem realeza.
Dedicação tão esquecida,
no lar é a soberana,
sua vida é só fadiga,
uma santa que não reclama.
Sua grandeza é escondida,
no cotidiano da omissão,
és uma diva não reconhecida,
sem diadema, sem remuneração.
Dona-de-casa é seu título,
heroína em submissão,
a família é seu sacrifício,
importância em desconsideração.
Rainha-do-lar em raridade,
é mártir em resignação,
não renuncia à dura realidade,
remerecendo doce gratidão.
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