Rio, 03/02/2007.

Há um caso
No fim do ocaso
Há um raso
No fundo do vaso
Há um prazo
Há um arraso
Há um atraso
Há um atalho
Há um fiasco
Há um ramalho
Há uma pereira
Há uma beira
Há uma asneira
Há uma maneira
De fugir da cassação
De iludir a comissão
De enganar o coração
De mentir à população
De doar uma ilusão.
Estão armando tramas
Eu já sinto lamas
Está tudo no lixo
Nas orgias do bicho.
A última flor do Lácio
Usada pelo do olho roxo
Caiu da escada no palácio
Por ter o falar frouxo.
Há um tempo
Para esclarecer tudo
Depois vem o resultado
E me deixou mudo
Com o ser aviltado
A comissão inocenta,
Não há provas, o culpado.
A pizza é de marmelo
Outra de queijo e cogumelo
Algumas foram preparadas
E servidas carameladas.
Podem ser brasileiros
Esses que assim procedem?
Não! São só paroleiros
Que no pensar fedem!
São reles bastardos
São filhos de galo
Foram todos chocados
No ninho da política.
Quem há que explica
Tamanho desamor?
Quero se faça justiça
E sejam postos na prisão
Esses que são excremento
E sujam nossa Nação.

SEDNAN MOURA