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A CASA VELHA E EMPOEIRADA A CASA VELHA E EMPOEIRADA
Cheguei na casa para morar adentro e ando por toda ela devagar quase parando, pela calma que nela tia, com os pensamentos e os olhos voando pelo teto, a procura das palavras que perdi no espaço da casa pobre e humilde, mas rica de muita paz e amor.
A brisa entra e me deixa mais pensativo de um amor que nunca conheci, mas o coração fica apertado e logo a visita do sol começa a entrar pelas fissuras dos telhados e aquecendo o frio que ali se alojava em toda a casa. Uma casa velha, mas era tão aconchegante e calma; incrivelmente maravilhosa e muito gostosa que mais parecia que ali morava em cada cantinho a paz e a felicidade se encontrava com o silêncio e ambos se alojavam em outros cômodos. Supressa! Mais à frente apareceu um vento forte que veio do mar passando por uma velha janela que se abriu com a força da ventania que por ela entrou.
Arrebentou um móvel de cor escura e bem antigo e quebrou uma de suas portas que nele havia. Que pena um lindo móvel, mandarei conserta-lo quando para cidade voltar. A casa tinha vários móveis antigos e todos empoeirados, alguns cobertos com grandes lenções brancos. Tinha uma escrivania que era a coisa mais linda que não podia tocar porque poeiras nela havia.
O meu cachorrinho corria toda a casa que mais parecia que estava na casa antiga.
De uma janela longe avistava o mar frio e silencioso, e de outra uma estrada deserta e empoleirada de cada uma ou duas horas era que passava um carro por ela.
Eu estava gostando dela! Só que logo sento numa cadeira que ali estava de um jeito que caio de lado e o meu cãozinho corre assustado para longe chamo o coitado que vem aos pulos e começa a me lamber de felicidade.
Durante o dia é assim imagine como será a noite aqui. Tiro o terno e visto uma camiseta surrada que estava jogada sobre a cadeira e rica de sujeira, isso não importa para mim eu gosto de tudo que é humilde e simples, isso faz parte da minha vida de escritor.
Saio dali sem pressa e caminho em direção ao meu destino, mas mal saio já estou sentido saudades da danada! Peguei algumas coisas e junto trago a cadeira velha que me derrubou levou para consertar essa malvada.
Pretendo voltar logo com minhas coisas e minha amada, mas não pretendo mudar nada nela, nem os velhos móveis que ali se encontrava. Lhe peço que compreenda a minha vontade de ali morar parece que tem naquela casa sabedoria, inteligência, paz e muito amor pela casa espalhada.
Para com minha amada morar, viver e escrever sobre a história daquela casa que para nós será mais do que uma morada. Tenho toda certeza que Jesus nela passou e deixo na casa tudo que nele levava de bom e espalhou por toda a casa
Essa é a história de uma velha casa que só faltava falar de tantas coisas que lá soltava que o vento soprava e a paz se alojava.
UMA CASA VELHA E EMPOEIRADA
– Por Reginaldo Silva –
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