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O PRESÉPIO DE NATAL (Cordel Infantil) Um dia, lá no meio da floresta,
Juntaram-se alguns bichos
Para o Santo Natal comemorar.
Queriam eles um presépio armar
Com o pai, a mãe e o menino,
Na manjedoura tão pequenino.
Como fazer ninguém sabia.
Será que entre eles esperto havia
Com uma ideia mirabolante,
E que não fosse comediante,
Para tal trabalho realizar?
Foi então que surgiu a gritar
Do galho de grande seringueira,
Todos pensaram ser brincadeira,
Um macaco bugio engraçado
Pedindo a palavra alvoroçado.
- Façamos nosso presépio vivo
Com bichos não agressivos!
- Será preciso escolher, votar.
Disse um pássaro a chilrear.
Primeiro pensaram no leão.
- Ah! Esse não serve, não!
- Que tal um tigre da Sibéria?
Disse uma anta muito séria.
- Não se lembra a dona anta
Que para ser a família santa
O bicho não pode ser agressivo?
- Puxa! Ninguém dá um indicativo!
Exclamou uma velha coruja,
Limpando as penas sujas,
Pousada num velho carvalho.
Foi saindo de um atalho
Que o lobo a ideia apresentou:
- Que tal o senhor Grou?
- Ave não pode! Por isso eu aconselho
Que seja a família do coelho
A vencedora dessa disputa
E que ninguém mais discuta,
Senão passará o dia de Natal
E nós aqui no reino animal
Ficaremos sem o nosso presépio,
E se tudo por aqui é só tédio
Imagine um Natal sem a santa
Família que a nossa fé levanta.
Sugeriu a onça pintada,
E a bicharada comportada
Acatou a felina sugestão
Evitando longa discussão.
E todos os bichos em procissão
Foram comunicar ao coelho a decisão
De que neste Natal ele seria
São José da carpintaria.
Fizeram um majestoso cenário
Com a manjedoura e um campanário
Onde estava deitado o coelhinho,
De vermelhos olhinhos,
Representando com sua pureza
O nascimento e a grandeza
Do menino Jesus de Belém.
E a bicharada disse amém
Ao ver no céu a estrela guia
Indicando que nova era surgia
Com o nascimento do Salvador
Significando amor, muito amor.
Após a oração cada bicho
Agradeceu um ao outro o capricho,
E pediram para toda a coletividade,
Paz aos bichos de boa vontade.
FELIZ NATAL!
Maria Hilda de J. Alão
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