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SEM SENTIDOUso dos sentidos - abstratos,
De idéias obscuras - figurativas,
Para invadir os espaços - alheios,
Sobrepor fantasias - nas metáforas,
Para assistir todo espanto - indefinido.
Jogo palavras soltas - ao vento,
Recolho sobras de letras - espalhadas,
Componho o que me convier – afoito,
E imponho frases - sem sentido,
Abusando de pseudo - filosofar.
Desenho sonhos - transparentes,
Esfrego nas ventas - do tempo,
Trituro as memórias - perdidas,
Desaforo toda saudade - intimista
Desdenhando as imagens - rasgadas.
Alço brisas, embrulho-as - nas nuvens,
Forjo trovoadas nas vontades - íntimas,
Remexo chuvas, faço temporais – medonhos,
Para embaralhar a lógica - sempre cínica,
Castrando a interpretação - do que insinuo.
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