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PARA SEMPREQueria te falar dos nossos tempos idos,
Das brincadeiras de rua, do recreio na escola,
Você sempre meu par, sempre minha companhia.
Via você crescer, menina virando mulher,
Eu também ia ficando homem, cada vez mais teu.
Aprendi a beijar contigo e te ensinei,
Até passei a gostar de valsa, nos teus 15 anos,
E via a vida correndo e meus planos eram os teus.
Nascidos um para o outro, diziam em burburinhos,
E eu me envaidecia e queria mais, até morrer juntos,
Já velhinhos, para não permitir nenhuma solidão.
Destinos traçados, ou circunstâncias perversas,
As estrelas descuidadas dividiram nosso caminho,
Você voando noutro céu e eu sempre olhando a lua,
Buscando sinais, um aviso, um relâmpago, uma luz.
Mundos diversos, lidas distantes,
Lembranças tantas, tão semelhantes,
Imagens guardadas nas gavetas da memória,
Buscadas e revistas nos momentos de solidão.
Não posso viver a saudade, não quero ser triste,
Tanta ventura já vivi, quanta história já construístes,
Mas trocando em miúdos, compus esses versos,
Só para dizer que nunca – nunca - te esqueci.
EACOELHO
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