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Carta XXVI (T1447) O certo da vida seria andarmos com os pés no chão, sabermos exatamente onde pisamos, colocando a razão sempre à frente da emoção, deixar a razão agir. Mas em muitos momentos deixamos os sonhos idealizados tomarem o nosso rumo, deixamos eles nos guiarem, e quando isso acontece é porque a emoção está agindo no lugar da razão, é quando acreditamos que o amor é o único caminho, quando acreditamos em uma vida florida e recitada em versos, quando temos como objetivo uma história de conto de fadas, a marvilhosa estrada da fantasia.
É neste momento que percebemos o quanto a vida é dura, e quanto custa os passos da conquista, e aí entramos em contato com o mundo real, um mundo totalmente fora de nossas perspectivas, e para vivermos nele temos a necessidade de sermos insencíveis para competirmos em uma certa igualdade.
Para muitos, viver em um mundo de sonhos, poesia e amor, é sinal de fraqueza, podemos até sermos fracos, mas entre aquele que vive um mundo real cheio de entraves e competição e aquele que é um sonhador e vê o amor como suporte de vida, eu prefiro ser o sonhador que acredita que o amor ainda tem espaço e força para ajudar a realidade a ser algo menos estressante.
Alexandre Brussolo (10/02/2012)
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