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MorrendoMorrendo
Sonhei que morrendo estava,
Encarcerado numa prisão,
Que alguém me sufocava
Enquanto me acariciava
Nos deleites da paixão.
Sufoca-me com seus beijos,
De amor empalideci,
Torturado por desejos,
Sentia o toque de seus dedos,
A deslizar sobre mim.
Respiração ofegante,
Ouvia sair de você,
Era como um assaltante,
Roubando meus últimos instantes,
Que gentilmente os cedi.
Como entraste nos meus sonhos?
Eu enfim indaguei.
Como agarrou o meu sono?
Vai, me diz como,
Mas fica,pois eu gostei.
Já que a morte é para sempre,
Este amor também será,
Então mata-me lentamente,
Sente-se, e calmamente,
Vem de amor me matar.
Sela então este ato,
Ao tocar minha pele,
Me aperta, deixa-me sufocado,
Me entrego de bom grado,
De bom grado, me recebes.
Ladislau Floriano
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