|
VISCERAL ARDOR Não existem pecados no emergir da paixão, o amor é abençoado desmerecendo condenação. Quando almas consentem; corpos se entregam; desejos não mentem; orgasmos imperam. Pecado é o rancor que semeia o cruel, pois machuca e cria dor, deixando vidas em fel.
Vivenciamos hipocrisias; trilhamos inverdades; reprimimos a cada dia, o libertar da sexualidade. Ígneos carinhos não são transgressões! Ódio sim, é o mau caminho, pelo sentimento mesquinho que fomenta aflições!
Poetizo sobre um tema,
de tabus e preconceitos;
irei cantá-lo em poema,
sem vulgarizar o meu conceito!
Quantas meninas engravidadas,
com o corpo ainda em formação;
como escravas em senzala,
vão conhecer a submissão!
Com o incerto em sentença,
estas doces inocentes meninas,
ainda nem sabem a diferença,
entre o que é vulva e vagina!
Mulheres insatisfeitas,
amargadas pelo fingir,
ardentes e tão perfeitas,
simulando o seu sentir.
Sexo em submissão,
com mulheres sem prazer,
necessidades em repressão,
sem orgasmos a conhecer.
Cálidas mulheres mal amadas,
descobrindo a frigidez,
suas vontades são castigadas,
pelo machismo em estupidez.
Sexo é vida em saúde,
prevenindo muitas doenças;
é benefício em plenitude;
é deleite em conivência!
Endorfina liberada,
na relação em prazer!
Palpitações aceleradas,
com adrenalina a percorrer!
Corpo e mente em sintonia,
atraindo duas essências!
Química sexual em epifania,
com a dopamina em saliência!
Ah! O desejado orgasmo!
Ápice da excitação sexual;
pondo vidas em entusiasmo,
numa simbiose consensual!
Mulheres! A maioria delas,
desconhecendo o que é orgasmo;
o reprimido se revela,
crendo que o prazer é um pecado!
O ígneo prazer feminino,
vem do clitóris excitado!
Pensam que é um órgão pequenino,
mas é bem maior do que o imaginado!
Os músculos clitorianos,
não relaxam após o clímax;
orgasmos múltiplos não são enganos;
porém, são raros, com chances mínimas!
Se o ato da masturbação,
é visto como pecado;
pode-se dizer que é em razão,
de estereótipos de ignaros!
Outrora! A caluniada masturbação,
era vista como prejudicial!
A ciência em evolução,
provou ser uma necessidade natural!
Ainda é vista com preconceitos;
nominada de imoral,
pelos retrógrados satisfeitos,
por sua hipocrisia sexual!
Ah! Masturbação!
Para uma vida sexual saudável!
Seu orgasmo é a percepção,
para um bem estar respeitável!
Ah! Que deleite são as preliminares;
com toques, palavras, olhares e sedução!
É o autoconhecimento de suas vontades,
para atingir o prazer pela excitação!
As preliminares ensejam intimidades,
que desenvolvem autoestima e confiança!
Corpos nus em sublime sensibilidade,
em suaves beijos de desejos em aliança!
Todos os sentidos são instigados,
pela vontade imperativa e pura;
pudores e receios são pulverizados,
pela excitação que beira a loucura!
Pelos mágicos e brandos toques,
a vulva acariciada e umedecida,
vê a lubrificada vagina contraída,
sentindo o prazer fluindo forte!
Ah, prólogos! De efusivos gemidos,
de frases lascivas atiçando fantasias!
A libido energiza todos os sentidos,
incutindo posições ousadas e destímidas!
Apolíneos monumentos afrodisíacos,
entreluzindo e magnetizando olhares!
Proeminências deixando-nos ninfomaníacos!
Vulcânicos seios realçando a feminilidade!
Oh! Seios airosos que despontam,
cobiça pelo par de maravilhas esculturais!
Devaneios voluptuosos inspiram e se encantam,
por mamilos túrgidos em auréolas sensuais!
Estonteantes seios que nos convidam,
para a sucção em beijos inebriantes!
O amar exalta carícias que consolidam,
que a vida é feita de prazeres excitantes!
O sexo oral em ardente sofreguidão,
estimula bocas em carícias impetuosas!
O clitóris excitado pela língua em emoção,
fica lubrificado pela sensação prazerosa!
O fálus enrijecido recebe felação,
da boca desejosa, afetuosa e ardente!
Tórridas almas rogam penetração,
para um sincrônico orgasmo assaz nitente!
Vidas saboreando
estocadas ardentes,
corpos degustando
líquidos lactescentes.
Loucuras inflamantes,
obscenidades em furor,
gemidos eletrizantes,
no amor em esplendor.
Âmagos adentrados,
em cópulas viscerais!
Palavrões apaixonados,
excitando mais e mais!
Estrelas em unicidade,
no prazer em deleite,
almas em lubricidade,
com seus desejos em aceite.
Eclosão de ventura,
na paixão partilhada,
frenesi em candura,
de posições imaculadas.
Ígneos sentimentos,
assentindo o autêntico,
orgasmos luculentos,
saciando a contento.
Amantes em afagos,
repartindo esperanças;
beijos apaixonados,
pelo sexo em aliança.
Sexo é sentimento em encanto,
sem atos em restrições!
São corpos que não são santos,
que se degustam por concessões!
Para que possamos viver o sentimento de ventura, na harmonia de nosso corpo e espírito; para que nossos corações possam ser energizados de estesia e benignidade é necessário compreender que é a semente do amor que só constrói, que edifica o homem em sua bondade e nas afetuosas ações munificentes que ele pode neste instante consolidar, pela doação em resplendor do adorável e ardente etéreo amor.
A bondade é o amor,
nascido da compaixão!
Fazer o bem é o indutor,
da felicidade e mansidão!
Deste mundo não levaremos nada, somos uma sombra que passa, nada mais, simples figurantes em que atravessamos a cena num breve instante e somos logo esquecidos, e o que fica são as lembranças para aqueles que receberam o nosso munificente amor, nos atos piedosos, caridosos e indulgentes; e isto não tem dinheiro que paga.
Devemos cultivar o sublime amor!
Natureza da compaixão e generosidade,
que faz da nossa existência um resplendor,
na paz e harmonia que deveria ser nossa vontade!
Semeie o amor, preconizando sorrisos, seu otimismo rejuvenescedor, atrairá bons amigos. A química do amor, inebriando aquele par, sentimento granjeador, magnetizando o entregar. Aprendizado do amor, evoluindo relacionamentos, renovação em esplendor, vida a dois em renascimento. Diferentes energias, reagindo constantemente, produzindo alquimias, descobrindo-se espiritualmente. Pois, na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira.
Ah! O amor!
Que canta e que brinca!
Que encanta e que dança!
Que faz ver linda a caatinga!
Que faz nos sentir criança!
Ah! Que dor!
Em ver o amor,
desprezado neste mundo!
A ínclita sabedoria está em desapegar. Desapegar não significa que você não deva possuir nada, mas sim, que nada deve possuir você. Nada é nosso, tudo que temos é emprestado, até a nossa própria vida. Não corrigir nossas faltas é o mesmo que cometer novos erros. Haja vista, que “o que é a vida, senão uma vitória temporária sobre o que causa nossa morte inevitável”. Por isso, a cada dia temos que ser gratos pela conquista; pelo sucesso em estarmos aqui mais um dia, até chegar o ciclo final; até que nossos átomos percam as suas energias, chegando assim o fim das expiações, castigos, sofrimentos e dos maravilhosos e fantásticos instantes de felicidades que pudemos também sentir nesta inolvidável odisseia.
Oh, morte!
Sepultando devaneios e quimeras!
Cobrindo de véu, o pulsar que se encerra!
Oh, morte!
Findando incruentas dores e ilusões!
Acalentando a quietude,
cessando pecados e ambições!
|
|