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Quando o amor vai embora (T1193) Eram quatro horas da madrugada, ainda não tinha conseguido pregar os olhos, tinha falado com ela nove horas da noite, e como ela já estava na estrada voltando, pelos seus cálculos deveria ter chegado à uma hora da madrugada, estava preocupado imaginando o que havia acontecido, será que tinha resolvido dormir na casa da irmâ, podia ter avisado, era o mínimo que podia fazer.
Tentou deitar novamente, a cama vazia todo aquele tempo em que ela estava viajando deixara-o um tanto carente, sabia que as coisas não estavam bem entre eles, mas ele tinha resolvido tomar outro rumo para dar uma chance à família, ele já estava mudando, e tantas vezes já a tinha perdoado, ele merecia também a chance para salvar o casamento, sendo que já tinha feito de tudo e mais um pouco, e mais uma vez ele faria a vontade dela de mudar a vida e tentar se reerguer financeiramente. Este era o fator principal, pois quando estava bem com dinheiro não se lembra dela se queixar tanto, e agora que estavam com dívidas ela simplesmente disse a ele que não o amava mais, seria mais fácil ter sido golpeado por uma faca do que por estas palavras.
Conseguiu dormir um pouco, acordou sete da manhã, precisava se arrumar para ir trabalhar, estava a pouco tempo neste trabalho e não podia faltar. O dia todo custou a passar, tentou ligar para ela mas não conseguiu, o celular só caía na caixa postal, e ela não dava retorno. Não conseguia se concentrar no trabalho, quando deu a hora saiu o mais rápido possível, a ansiedade para saber o que estava acontecendo estava lhe deixando louco, além da ansiedade tinha mais a saudade.
Finalmente chegou em casa, percebeu que não havia ninguém, entrou e constatou que não havia ninguém mesmo, mas viu um bilhete na mesa da cozinha.
"Eu voltei de viagem, esperei a manhã para vir buscar as minhas coisas, estou indo embora, pois não aguento mais esta situação, e como eu já havia dito, nosso casamento acabou e o melhor é cada um seguir seu caminho."
Sim ela havia estado ali para ir embora e nunca mais voltar, disso só a carta que lhe caiu da mão que ainda tinha o seu perfume.
Alexandre Brussolo (22/04/2011)
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