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A misteriosa dubiedade do outono As tardes de outono refletem a minha bipolaridade, o sol presente em um céu azul maravilhoso, uma beleza digna de lágrimas de emoção, enquanto as sombras reservam um frio peculiar, exigindo a proteção de algo quente, como uma jaqueta, luvas, um abraço seu...
É possível respirar livremente, inundar os pulmões de ar frio, agindo para clarear os pensamentos e aumentar a percepção do que está à volta, incutindo a impressão de que se está inserido em algo maior, possibilitando diminuir o desespero e facilitar a compreensão das coisas que parecem não ter solução.
O cair da noite instala o mistério, e tudo o que não é conhecido provoca o temor, a ansiedade, o impulso de se defender embora não se tenha noção exata de quê.
O outono, dentre todas as estações, tem uma dubiedade que espelha a vida em si, mostra ambos os lados, todos os ângulos, e permite o equilíbrio de emoções que tornaria qualquer ser humano em alguém no caminho da plena realização pessoal.
Marcelo Gomes Melo
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