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O que somos afinal? O QUE SOMOS AFINAL?
Somos frutos do nosso tempo e lugar,
alternando posições em movimento,
pensamentos constantes a nos perguntar,
porque estamos aqui neste momento?
O que somos afinal?
benção divina florindo o jardim!
a erva daninha que usurpa seu igual!
o aleatório começo que conhece o seu fim!
Não temos no presente respostas concretas,
nesta efêmera passagem inebriante e secreta,
misteriosa vida fomentando o intrigante,
sabedoria que conhece o quão somos ignorantes.
Viver por viver, quiçá seja a solução,
a natureza é suscetível, bela, divina e violenta,
viçosas florestas adornam a imensidão,
terra abençoada e preciosa que a todos assenta.
O mar é magnífico mundo inexplorado,
dádiva que provê o alimento consagrado,
oceanos que lançam périplos em devaneios,
alteroso alto-mar navegando aventureiros,
águas impetuosas criando ondas ao vento,
melodiosas águas firmando romantismo luculento,
alvas ondas que enlevam entoado cantar,
salgadas águas magnificentes ancorando o sonhar.
Somos a interação de cosmos e estrelas?
ou vida incompleta que irradia a ilusão!
somos os eleitos com a inteligência traiçoeira?
ou a semente que constrói que lança a destruição!
Estamos num paraíso de exuberante natureza,
o inclemente progresso despreza sua beleza,
maltrata, açoita e conspurca um plangente futuro,
corrói, polui e desmata cingindo o céu em tom escuro.
Ventos que cantam e sopram o ar em poesia,
brisa acarinhando nossos sentidos em estesia,
ventania que mostra sua energia pujante,
atmosfera benquista, benigna e relevante.
O Sol brilha para nosso planeta viver,
seus raios fúlgidos consolida a existência,
edifica a esperança de um lindo amanhecer,
áurea gratidão temos que ter em nossa essência.
O que queremos afinal?
se desprezamos o importante!
se nossa guerras são constantes!
se a religião consolida fanáticos!
se as bandeiras irrompem lunáticos!
se a raça é discriminada!
se a cor é estigmatizada!
se a política é corrupta!
se a mídia é estulta!
se a polícia é violenta e mata!
se a criminalidade nos maltrata!
se traficantes conhecem a impunidade!
se a droga já faz parte da menoridade!
se pedófilos sempre existiram!
se crianças sucumbiram!
se as armas são lucro certo!
se potências fomentam o retrocesso!
se a fome ainda acontece!
se a desigualdade recrudesce!
se a prostituição ficou aceita!
se a fidelidade foi desfeita!
se bombas estão sendo armadas!
se invasões são arquitetadas!
se a maldade é defendida!
se a bondade é enfraquecida!
se a equidade é assassinada!
se a injustiça é fortificada!
se a fraternidade está morrendo!
se o egoísmo está vencendo!
se a cidade está doente!
se psicopatas não estão ausentes!
se o amor é marginalizado!
se o afeto é pulverizado!
O que somos afinal?
paradoxos em dicotomia!
corações em arritmia!
mentes em despautério!
espíritos em deletério!
animais em desrazão!
sensibilidade em extinção!
almas trilhando errantes!
incastos seres beligerantes!
Esperanças que não devem ser sepultadas!
humanidade de boas ações exaltadas!
otimismo que não pode ser esquecido!
um mundo que não deve ser embrutecido!
As poesias devem ser cantadas,
por estrofes de inspiração abençoada,
os poetas que cantam alegrias e tristezas,
são tão tristes, pela realidade de torpezas.
ET: Esta poesia, O que somos afinal?, encontra-se no livro Estesias Poéticas, do autor Alberto dos Anjos Costa. e deixo aqui o link para acessá-lo:
http://clubedeautores.com.br/livro/estesias-poeticas
Foi premiada no Concurso Nacional Sarau Brasil 2018,
e ofereço ao querido público leitor do Efuturo.com.br
fazendo um brinde em homenagem ao enaltecedor escopo e propósito de seus desenvolvedores, e em particular ao ilustre amigo, Cláudio Joaquim dos Santos Braga, em promover a cultura, e fomentar junto ao público leitor, o incentivo, inspiração e estímulo à leitura.
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