|
PRÓ(S) e CONTRA(S)Palavras são tecidas com eloquência, fosse o único canto a provocar transformações nas coisas e em seus deslizes e, ainda, na modificação do homem visto na banalidade que o rodeia; como em Joaquim Cardozo, “... Não sei se és tu, se eras outra, / Não sei se és esta ou aquela, / A que não quis nem me querer...”.
Pró: a ascensão feminina faz o homem participar das lides caseiras.
Contra: a sociedade atual é conduzida pelo consumo.
Pró: o horizonte está mais unissex.
Contra: a aparência para sobreviver no trabalho: cabelos brancos, não!
Pró: convidar alguém para ir ao cinema.
Contra: temer a conquista da independência.
Pró: lavar a louça depois da festa.
Contra: quebrar as taças de estimação.
Pró: buscar afetividade e lealdade no relacionamento.
Contra: repetir o discurso retrô: “homem é assim mesmo!”.
Pró: saborear sonhos recheados de creme.
Contra: assistir TV, na sexta feira a noite, como opção.
Pró: desafiar para amar e ser amada.
Contra: não dançar.
Pró: Pai, um palpitar nos gestos.
Contra: meias brancas com sapatos marrons.
Pró: arriscar para viver e, por vezes, sobreviver.
Contra: sobreviver em doces incertezas.
Pró: características surgem com o tempo de convivência.
Contra: não pensar que “quando casar sara”; nada muda, refina.
Pró: alçar voos maiores que os de hoje.
Contra: deixar no piloto automático.
Pró: descobrir vontades e cores.
Contra: prestar atenção na vida alheia.
Pró: correr nas planícies.
Contra: o tempo passa rápido.
Nas palavras de Joaquim Cardozo:
pró: “Para onde vão as pessoas?” /
contra: ”Ora bolas! Vão... para o cemitério!”.
|
|