|
Mais um ano Mais um ano
Foi só um piscar de olho, e outro ano passou
Um competente tirano, tudo que pôde levou
Enfraqueceu as lembranças, distanciou o eu criança
Não matou a esperança, mas novamente a sangrou.
Num favor fui compensado, com uma pseuda bondade
Com meus sonhos descorados, e mais um ano idade...
Passou cometendo uma heresia, amarelando meus versos,
escritos em carnes macias, numa folha de saudade.
O tempo é um matador, sem nenhuma piedade
Mata um pouco a cada dia, mas se rende à covardia
Pra quem amou de verdade...
Está longe de eu compreender, se o fez pra meu deleite,
ou então pra meu sofrer... por que abrandou a dor,
mas agigantou o amor, beirando a insanidade.
|
|