Espírito de Poeta


O espírito traz em si lembranças de vidas passadas,
Prioridades que ele sabe ser facilmente assimiladas.

Mas o espírito-poeta quase sempre se deixa conduzir
Exclusivamente pelas belas e doces palavras do coração
E entre as doçuras do coração e as finalidades do espírito
Existem erros na procura e milhares de falsas realizações.

O Espírito comanda o realizar, pois é o verdadeiro EU
E os dois acabam se envolvendo em grandes confusões,
Principalmente quando em melindres o poeta se faz desatento,
Sem recordar, não presta atenção em suas almas sintonizadas.

O espírito se desespera, pois já estava prevista esta sintonização,
Para ele que espera seria essencial esta aproximação.
Ocorre o inverso e o coração parte em busca do desconhecido,
No tentar encontrar novas almas para uma renovação.

Comandante é o espírito o outro um simples órgão
Que embora, para o poeta dele seja nascente o amor
Suas palavras adocicadas não têm poder de decisão
Sendo que, o poeta enamorado fica a bailar entre os dois.

Deprimido se deixa acometer pela frustração,
Na poda do querer, na inutilidade de suas razões.

Na continuo do conflito, só resta o escrever do poeta
Que se põem angustiado airosos versos a rimar,
Inconformado em folhas passa a descrever sua decepção
Na pretensão que ela um dia explique a sua amada
Que o poeta não é o culpado pelo amor desencontrado.

Ele se encanta, ama pela justificativa do coração
Mas que é impedido pelas verdades do espírito.

Assim nascem versos e prosas em riquíssimos detalhes
Poemas incomparáveis que pelos leitores são eternizados.


Elio Moreira - Torres - RS OPB - Brasil -111