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Meu Desejo Morreu Ontem. Ontem num desalento no peito,
Também morri em meus sonhos,
Com todos os sentimentos que vivi,
Tivesse me esperado um pouco mais,
Uma luz havia de surgir no horizonte,
Que deixei morre um pouco de mim.
O lado negro do paraíso que me inspirou,
Meus desejos que morreste ontem,
Atraídos numa névoa envolvente,
De lugares que jamais conheci,
Como cogumelos que nascem nas fezes das feras.
Somos quase sempre como borboletas
Que anunciam a morte,
Que num dia o mar bebeu nossa alma,
Navegando na vontade de se perder no tempo.
Não morremos pelas palavras ditas,
Belas por demais para se deixar morrer,
Não avisarei quando aqui morrerei,
Numa madrugada corcunda e cinzenta,
Assistido por um amanhecer desolado.
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