Destino de um fruto,
que em sua árvore preso,
com a mais leve brisa,
ao seu sabor dança,
seguindo o ritmo,
segue o seu destino.

Até que um dia,
com o vento forte é levado,
para onde não importa,
até que caí solitário,
maduro se abre,
as suas sementes se espalham.

Ser o fim entende,
nem para alimento servira,
então se deteriora,
sua seiva vital adormece,
o tempo passado não sabe,
de repente vivo se sente.

Os raios do sol o banha,
as entranhas da terra rasgara,
sobe ao solo pequeno broto,
encolhe-se temeroso,
mas algo o encoraja,
sente que só não está.

Torna-se então árvore frondosa,
abrigando folhas, flores e frutos,
de pequenos seres viventes,
torna-se morada,
no âmago de seu ser,
aquele fruto vive transformado.

Feliz se regozija,
tanto não merecia,
então lhe diz a leve brisa,
ser alimento apenas você queria,
o Criador o seu amor sentiu,
então suas sementes Ele permitiu,
que o solo recolhesse,
por merecimento você evoluiu.

Luconi
21-04-19