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DESEJO DE SAPO

O Sapo Cururu vivia a cantar
Parecia um canto alegre
Mas era um triste cantar
Vivia cantando com os olhos postos na lua
Lá no alto, bem no alto...
E sonhando... sonhando... sonhando...
Uma estranha vontade principesca
De trocar o brejo molhado
Todo muito bem molhado e muito bem frio
Por um castelo bem sequinho
Bem quentinho... bem quentinho...
Distante dos insetos, das plantas e dos peixinhos
Sua comida, sua casa e seus vizinhos.

Um dia... no mais improvável dos dias
A fada dos desejos impossíveis
Deu-lhe esse improvável presente
E no lugar do brejo molhado surgiu
Um castelo dos maiores
O maior de todos os bem maiores
E todo pedregoso
O mais pedregoso de todos os mais pedregosos
E ele se tornou seu imponente senhor
O senhor da mais imponente moradia.

Oh! que tamanha desilusão...
Onde foi parar a alegre saparia?
Onde andam os bons amigos da Orquestra Cururu?
Que mundo quente, árido e poeirento!
Que secura de rachar!
Só da vontade de coçar... coçar... coçar...
Oh! que vida chata
Oh! que tédio sem fim
Ninguém mais cantava para a lua cheia
A Grande Mãe dos batráquios cantores.

O Príncipe Cururu já não canta
Pois se esqueceu dos antigos cantos brejeiros
Agora ele só sonha com a outra vida
Aquela no meio da saparia bem vivida
Assim, ele só roga pela volta da fadinha
E ela parece não estar nem aí
Dizem que ela não gosta nem um pouco
De desmanchar seus grandes feitos
Que sempre acha muito bem perfeitos.

Então, só resta ao solitário príncipe
Clamar pela vinda do gênio oriental
Aquele da lâmpada mágica genial
Pois três desejos ele sempre concede
Mas ele não dá nem sinal de aparecer
Sua lâmpada há muito tempo foi perdida
Numa das mil e uma noites
Da longínqua corte persa
Onde a Rainha Sherazade contava histórias mil
E o Príncipe Cururu vive a se lamentar
Ah! que vontade de coçar... coçar... coçar...
Ah! que saudade de cantar...

 
   
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